Mais um ano que ela rearrumava o seu guarda-roupa. É aquela coisa típica de início da estação, trocamos as roupas pesadas e blusas de lã e gola por shortinhos e blusinhas cavadas e, ela sempre gostou disso.
Dentro de seu guarda-roupa, há quatro anos existe um conjunto de roupas, camiseta de banda, calça jeans surrada clara e um casaco preto, que, embora não sirvam não serão dados em ocasião nenhuma.
É ridículo mas ela quer guardá-los para sempre. São recordações; más recordações diga-se de passagem mas são e são importantes.
Há quatro anos coisas importantes aconteceram com aquela roupa e ela, a cada vez que olha o conjunto lembra-se de uma pessoa em especial. Talvez ela tenha medo de esquecê-lo se jogar as roupas fora; talvez ela já tenha se acostumado com o fato de vê-las diariamente, talvez ela as mantenha ali para, mesmo que em pensamento, lembre-se de seu vô, da risada dele, da infância e, principalmente dos jogos de dominó.
Só Deus sabe o quanto ela mudou há quatro anos atrás. Quem sabe ela guarda as roupas como marco do que mudou na sua percepção. Talvez para lembrar da dor de ter perdido o segundo pai e por ainda querer ter tido a oportunidade de compartilhar várias coisas com ele. Às vezes é para lembrá-la de dar carinho e amor para todos porque, quando menos se espera eles vão embora.
Mais um ano ela apenas mudou-as de lugar, tirou da prateleira de cima e as colocou na prateleira de baixo. Aliás, houve sim uma mudança: ela deu a camiseta. Sem motivo aparente, apenas decidiu doar; ela ainda tem como lembrança o casaco e a calça.
Sua mãe a xingou mas ela nem aí estava; ela ainda tinha o casaco e a calça.
Dentro de seu guarda-roupa, há quatro anos existe um conjunto de roupas, camiseta de banda, calça jeans surrada clara e um casaco preto, que, embora não sirvam não serão dados em ocasião nenhuma.
É ridículo mas ela quer guardá-los para sempre. São recordações; más recordações diga-se de passagem mas são e são importantes.
Há quatro anos coisas importantes aconteceram com aquela roupa e ela, a cada vez que olha o conjunto lembra-se de uma pessoa em especial. Talvez ela tenha medo de esquecê-lo se jogar as roupas fora; talvez ela já tenha se acostumado com o fato de vê-las diariamente, talvez ela as mantenha ali para, mesmo que em pensamento, lembre-se de seu vô, da risada dele, da infância e, principalmente dos jogos de dominó.
Só Deus sabe o quanto ela mudou há quatro anos atrás. Quem sabe ela guarda as roupas como marco do que mudou na sua percepção. Talvez para lembrar da dor de ter perdido o segundo pai e por ainda querer ter tido a oportunidade de compartilhar várias coisas com ele. Às vezes é para lembrá-la de dar carinho e amor para todos porque, quando menos se espera eles vão embora.
Mais um ano ela apenas mudou-as de lugar, tirou da prateleira de cima e as colocou na prateleira de baixo. Aliás, houve sim uma mudança: ela deu a camiseta. Sem motivo aparente, apenas decidiu doar; ela ainda tem como lembrança o casaco e a calça.
Sua mãe a xingou mas ela nem aí estava; ela ainda tinha o casaco e a calça.
'Tive poucos amores em minha vida...
Destes raros afetos conto nos dedos os que ficaram gravados de forma permanente em minha lembrança.
Uma garotinha de quem tirei uma foto rara que ocupa presença entre as páginas do meu livro de matemática, ternura nos dias nevoentos da minha vida.
Cacá, és uma lembrança que ficou marcada permanentemente em minha vida, teu avô não te esquece nunca porque já fazes parte de mim.'
Vô Gether
17/09/1925 - 20/07/2005
17/09/1925 - 20/07/2005
Nenhum comentário:
Postar um comentário