quando eu estiver mais leve e com um pouco mais de amor, eu volto.
27 de dez. de 2011
20 de dez. de 2011
aquelas pequenas coisas inocentes
Quando eu era pequena toda vez que eu via um pé de sapato perdido por aí, começava a chorar. Na minha cabeça isso queria dizer que a pessoa havia morrido e perdido o sapato em alguma luta ou qualquer coisa do gênero, afinal, porque mais se perderia um único par do sapato? Quando o sapato era pequeninho, aí sim, morria chorando. Na minha cabeça apenas crianças tinham o pé pequeno, logo eu estou aqui para me contradizer com meu pé 34.
Geralmente o sapato estava surrado e sujo e as coisas só pioravam pra mim. Encontrei sapatos perdidos por muitos lugares, em praias, ruas e praças e todos estes lugares, na minha cabeça, era contada uma história sobre quem havia morrido e como havia morrido. Devo dizer que já matei mentalmente pais de família, homens de negócios, mulheres trabalhadores, velhinhas, crianças e mendigos.
Depois que eu perdi o meu primeiro sapato comecei a entender, entre lágrimas, que talvez as coisas não funcionassem da forma que eu pensava mas eu sabia que aquelas pessoas haviam morrido, por causa do sapato. Então fiquei aguardando a minha hora, que não chegou até agora, uns 10 anos depois desse incidente.
Às vezes a gente perde as coisas de bobos e descuidados que somos e até um sapato pode mudar a vida de alguém.
Geralmente o sapato estava surrado e sujo e as coisas só pioravam pra mim. Encontrei sapatos perdidos por muitos lugares, em praias, ruas e praças e todos estes lugares, na minha cabeça, era contada uma história sobre quem havia morrido e como havia morrido. Devo dizer que já matei mentalmente pais de família, homens de negócios, mulheres trabalhadores, velhinhas, crianças e mendigos.
Depois que eu perdi o meu primeiro sapato comecei a entender, entre lágrimas, que talvez as coisas não funcionassem da forma que eu pensava mas eu sabia que aquelas pessoas haviam morrido, por causa do sapato. Então fiquei aguardando a minha hora, que não chegou até agora, uns 10 anos depois desse incidente.
Às vezes a gente perde as coisas de bobos e descuidados que somos e até um sapato pode mudar a vida de alguém.
18 de dez. de 2011
feliz aniversário Carolina
Sempre me achei mentalmente instável. Por muitas vezes nesses 18 anos cogitei a hipótese do suicídio para ver se aliviava toda essa dor que eu sinto. Não sei de onde vem e não sei porque sinto afinal tive uma vida ‘boa’. Acho que isso já está em mim, mesmo tendo tudo para ser feliz não consigo aproveitar.
Houve um tempo em que planos para efetivamente acabar com tudo vinham aos montes, assim como as tentativas. Não sei como superei isso, quem sabe tenha sido o jeito que fui criada que acabou me ajudando. Não sei, só sei que consegui, meio sozinha, meio não sei como. Não tive ajuda de Deus, não tive ajuda de profissionais e nem mesmo de ninguém próximo, não falei com ninguém sobre isso, simplesmente pensei no quão injusta estava sendo, tendo muitas coisas e oportunidades e no entanto querendo jogar fora.
Antes insistia em dizer que não encontrava meu lugar no mundo mas também descobri que ninguém tem seu lugar no mundo, as pessoas batalham para conseguí-lo e fingem que conseguiram. O mundo não é nosso, nós somos repugnantes e seria uma coisa boa se todos percebessem o quão idiotas são e resolvessem admitir sua tristeza e mediocridade, tirando suas próprias vidas. Mas nem eu consegui, fiquei com medo do pós-morte. Alguma coisa me falou que não éramos tão ruins assim e aceitei a minha infelicidade. É muito fácil cair fora quando as coisas apertam, mais difícil ainda é lidar com isso, sofrer mais.
De repente não fazia sentido perder uma vida que poderia ser cheia de conquistas. Escutei na televisão que a dor era momentânea e resolvi acreditar. Já havia escutado isso várias vezes mas naquele momento começou a fazer sentido.
Hoje continuo pensando nas oportunidades que posso estar perdendo caso consiga cair fora, mas percebi que a dor não é momentânea coisa nenhuma. Na melhor das hipóteses quando tu conseguires te curar de um pouco de tristeza a vida vai lá e te dá mais uma boa amostra grátis de sofrimento e só temos que aceitá-la. Gosto de ver até quando agüento.
Não sei o que acontecerá comigo caso meus planos falhem, quem saiba aí sim eu consiga colocar em prática um dos meus planos que ainda estão guardados. Preciso de uma motivação, assim como todos nós.
Muita gente me acha sensível demais e falam que este é o meu problema. Não quero ajuda, só quero me decidir o que sou, alguém normal ou alguém problemática. Essa indecisão me satura.
15 de dez. de 2011
quinta-feira
Vi que tu estavas atento à televisão, um daqueles desenhos de mau gosto que eu sei que tu adoras e que eu passei a gostar por tua causa. Comecei a pensar nas tantas vezes que estivemos ali deitados naquela cama e em tantas outras, e antes que pudesse perceber já estava empunhando uma caneta que, rápida, desenhava algumas palavras naquele caderno manchado de café. Tu nem me desse bola, já estavas até acostumado, lentamente puxasse mais um cigarro e me lançasses a carteira, em seguida o isqueiro e apoiasses o cinzeiro sob a minha coxa. Tu eras contra me ver fumando e me fazias uma cara de desagradado (que eu sempre achei engraçada mas que nunca tive coragem de te falar), mas assim como eu não podia falar nada sobre o cigarro junto com o café, tu não podias sobre o meu cigarro junto com a escrita.
Eu não fazia ideia do que estava escrevendo mas sentia que era a minha obra prima. Sentia vontade de mostrar para todo mundo, mas também sentia vergonha por me expor daquela forma. Era preferível ficar pelada em praça pública durante um dia inteiro do que permitir que alguém lesse aquilo. Terminei orgulhosa. Coloquei o caderno sob o bidê do meu lado da cama e lentamente me deitei, sorrindo. Tu me puxaste para ti e insistisse em me perguntar sobre o que eu havia escrito. Nunca te respondia, mas naquele dia resolvi responder.
- Sobre o presente.
Aquela resposta contava mais do que ele havia perguntado, contava mais do que eu gostaria de dizer e eu esperava que ele soubesse interpretar. Eu nunca escrevia sobre o presente, sempre escrevia sobre as coisas que gostaria de fazer ou que já haviam ocorrido e que me deixaram triste ou satisfeita. Escrever sobre o presente era admitir que estava feliz.
Ele me sorriu e me deu um beijo na testa. Precisei ir embora, havia perdido a noção do tempo e pra variar, estava atrasada.
Quando cheguei em casa, a noite, havia uma chamada não atendida dele. Retornei e ele me atendeu com voz rouca. Eu havia deixado meu caderno lá, não só com o texto daquele dia mas sim com os do ano inteiro, meu coração disparou mas também senti alivio, afinal duvidava que ele tivesse lido.
- Só vem pra cá pra casa agora, preciso que tu passe a noite aqui, comigo. - Obedeci. Quando cheguei lá ele estava sentado na cama olhando para o caderno.
- Quero ler. – Disse firme.
- Não. Nunca.
- Eu já poderia ter lido ele a tarde inteira e te respeitei e não li, mas agora eu quero que tu me deixes ler.
Permaneci parada séria, havia muita coisa sobre nós naquele caderno, coisas que talvez ele não gostasse de ler, coisas que nem eu gostaria de ter escrito mas que estavam lá. Tentei lhe explicar os motivos mas então mais vontade de ler ele tinha, me falando que poderia tornar as coisas melhores entre a gente caso soubesse o que realmente me magoa, afinal ele sabia que muitas vezes eu ficava triste com ele mas que não gostava de falar.
Depois de muito tempo de discussão, cedi mas pedi que não o observasse lendo, desta forma fui tomar banho e jantar mas quando cheguei no quarto novamente ele ainda estava na metade do caderno. Peguei dois cigarros e fui para a rua observar a noite deitada na rede e acabei adormecendo. Às duas da manhã acordei com ele me olhando e me pedindo que fosse deitar com ele.
Ao deitar na cama, antes de dormir lhe agradeci, ele sorriu e logo adormeceu, eu pelo contrário perdi o sono e ainda fiquei pensando no que eu havia escrito naquele caderno e resolvi levantar para lê-lo. Para a minha surpresa ele havia escrito também uma única página.
'Obrigada por tudo. Reconheço a tua importância e não fazia ideia do quão mal eu fui capaz de te deixar. Ter lido as tuas palavras, borradas por causa das lágrimas que eu te fiz chorar me fez pensar em quem eu me tornei e com isso procurei durante horas tentar entender porque tu ainda estás comigo, mesmo depois de todas essas idas e voltas durante todos esses anos. Como tu mesma colocastes, tu sabes que eu sou um atraso na tua vida acadêmica mas fico feliz que pelo menos entendes que eu preciso de ti. A nossa relação está no auge, se começarmos a observar os últimos anos, entretanto nós estamos nos perdendo.
Não sabíamos mais conversar e por mais que eu soubesse do teu caderno, nunca tive a coragem de te pedir para ler, sabia que nos teus momentos mais fracos ele era o teu amigo, o papel que devia ser meu. Eu fui o causador de muita dor por parte tua e eu peço desculpas. Aceito as tuas também.
Compreendo que te deixei em uma situação mais que complicada, mas peço que te coloques no meu lugar, de fato, sem querer 'cortar os pulsos'. Gostaria de ir juntando tudo de bom que já tivemos durante esse tempo e conseguir um momento só nosso, tu sabes o que tu fazes em mim mas ‘nem sempre o final vai ser feliz como o filme diz’ e eu sinto que nós é que somos os errados na nossa própria história. De fato nunca conseguiremos ser só nós dois.
Quando nós dois amadurecermos, eu prometo te ligar.”
Pus o caderno de lado e adormeci, sabia que quando eu acordasse ele não estaria do meu lado, já teria saído para trabalhar e eu ainda ficaria ali por mais algum tempo até sair para fazer as minhas coisas. Quando acordei havia um bilhetinho na geladeira e café passado. Levantei, me arrumei e fechei a casa, colocando a chave no esconderijo junto com um papel escrito ‘Obrigado e adeus’.
E assim nós nos despedimos para mais dois anos sem história.
Eu não fazia ideia do que estava escrevendo mas sentia que era a minha obra prima. Sentia vontade de mostrar para todo mundo, mas também sentia vergonha por me expor daquela forma. Era preferível ficar pelada em praça pública durante um dia inteiro do que permitir que alguém lesse aquilo. Terminei orgulhosa. Coloquei o caderno sob o bidê do meu lado da cama e lentamente me deitei, sorrindo. Tu me puxaste para ti e insistisse em me perguntar sobre o que eu havia escrito. Nunca te respondia, mas naquele dia resolvi responder.
- Sobre o presente.
Aquela resposta contava mais do que ele havia perguntado, contava mais do que eu gostaria de dizer e eu esperava que ele soubesse interpretar. Eu nunca escrevia sobre o presente, sempre escrevia sobre as coisas que gostaria de fazer ou que já haviam ocorrido e que me deixaram triste ou satisfeita. Escrever sobre o presente era admitir que estava feliz.
Ele me sorriu e me deu um beijo na testa. Precisei ir embora, havia perdido a noção do tempo e pra variar, estava atrasada.
Quando cheguei em casa, a noite, havia uma chamada não atendida dele. Retornei e ele me atendeu com voz rouca. Eu havia deixado meu caderno lá, não só com o texto daquele dia mas sim com os do ano inteiro, meu coração disparou mas também senti alivio, afinal duvidava que ele tivesse lido.
- Só vem pra cá pra casa agora, preciso que tu passe a noite aqui, comigo. - Obedeci. Quando cheguei lá ele estava sentado na cama olhando para o caderno.
- Quero ler. – Disse firme.
- Não. Nunca.
- Eu já poderia ter lido ele a tarde inteira e te respeitei e não li, mas agora eu quero que tu me deixes ler.
Permaneci parada séria, havia muita coisa sobre nós naquele caderno, coisas que talvez ele não gostasse de ler, coisas que nem eu gostaria de ter escrito mas que estavam lá. Tentei lhe explicar os motivos mas então mais vontade de ler ele tinha, me falando que poderia tornar as coisas melhores entre a gente caso soubesse o que realmente me magoa, afinal ele sabia que muitas vezes eu ficava triste com ele mas que não gostava de falar.
Depois de muito tempo de discussão, cedi mas pedi que não o observasse lendo, desta forma fui tomar banho e jantar mas quando cheguei no quarto novamente ele ainda estava na metade do caderno. Peguei dois cigarros e fui para a rua observar a noite deitada na rede e acabei adormecendo. Às duas da manhã acordei com ele me olhando e me pedindo que fosse deitar com ele.
Ao deitar na cama, antes de dormir lhe agradeci, ele sorriu e logo adormeceu, eu pelo contrário perdi o sono e ainda fiquei pensando no que eu havia escrito naquele caderno e resolvi levantar para lê-lo. Para a minha surpresa ele havia escrito também uma única página.
'Obrigada por tudo. Reconheço a tua importância e não fazia ideia do quão mal eu fui capaz de te deixar. Ter lido as tuas palavras, borradas por causa das lágrimas que eu te fiz chorar me fez pensar em quem eu me tornei e com isso procurei durante horas tentar entender porque tu ainda estás comigo, mesmo depois de todas essas idas e voltas durante todos esses anos. Como tu mesma colocastes, tu sabes que eu sou um atraso na tua vida acadêmica mas fico feliz que pelo menos entendes que eu preciso de ti. A nossa relação está no auge, se começarmos a observar os últimos anos, entretanto nós estamos nos perdendo.
Não sabíamos mais conversar e por mais que eu soubesse do teu caderno, nunca tive a coragem de te pedir para ler, sabia que nos teus momentos mais fracos ele era o teu amigo, o papel que devia ser meu. Eu fui o causador de muita dor por parte tua e eu peço desculpas. Aceito as tuas também.
Compreendo que te deixei em uma situação mais que complicada, mas peço que te coloques no meu lugar, de fato, sem querer 'cortar os pulsos'. Gostaria de ir juntando tudo de bom que já tivemos durante esse tempo e conseguir um momento só nosso, tu sabes o que tu fazes em mim mas ‘nem sempre o final vai ser feliz como o filme diz’ e eu sinto que nós é que somos os errados na nossa própria história. De fato nunca conseguiremos ser só nós dois.
Quando nós dois amadurecermos, eu prometo te ligar.”
Pus o caderno de lado e adormeci, sabia que quando eu acordasse ele não estaria do meu lado, já teria saído para trabalhar e eu ainda ficaria ali por mais algum tempo até sair para fazer as minhas coisas. Quando acordei havia um bilhetinho na geladeira e café passado. Levantei, me arrumei e fechei a casa, colocando a chave no esconderijo junto com um papel escrito ‘Obrigado e adeus’.
E assim nós nos despedimos para mais dois anos sem história.
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10 de dez. de 2011
menos amor
me habituei a pensar em ti sozinho, assim como eu. mais uma característica igual a mim, mais uma coisa que me atrai em ti e por mais distante que estivermos sempre sinto como se tu estivesses aqui. quando me pego pensando em ti me faço a pergunta que eu odiaria ter como resposta a palavrinha 'está': e se ele estiver com outra?
logo em seguida procuro descobrir quem é a menina imaginária, aquela que é mais importante que a bala de caramelo entre as balas de limão, mesmo sabendo que por agora não existe ninguém, que eu saiba e que prefiro não ficar sabendo.
insisto em pensar que tu és igual a mim pois daí não preciso me preocupar com as futuras namoradas, já que não vejo importância nas ficantes. quero se querida, ser uma boa lembrança, não quero perder o meu espaço em alguém que me fez tão bem, que me deu tanta segurança e mais ainda, me fez ver que eu tenho segurança, capacidade e confiança. é bobagem precisar de alguém para ter tudo isso mas de vez em quando a gente esquece que tem força.
já não atualizo todos os dias nem a toda hora mas é raro o dia em que eu não olhe pro meu pijama e não te queira do meu lado. agora tu estás do lado da menina imaginária e eu estou preocupada com o status do facebook. sei que está acontecendo alguma coisa mas não tenho mais me sentido mal com isso. é uma mistura de preocupação sobre quem ela é e possessividade afinal me acostumei a ideia de te ver sozinho. pessoas como nós são sozinhas, entretanto eu ainda espero que tu não sejas assim, no final das contas. que tudo isso seja só uma fase e que tu encontres alguém que te ajuda na vida, enquanto eu espero encontrar outra pessoa que me ajude.
9 de dez. de 2011
Jerônimo Coelho
“Tu já não é mais aquela menininha que adormecia nos meus braços, em Porto Alegre. Era tão simples naquela época, eu simplesmente te pedia (e pro teu pai) para viajar e tu já falavas que tinhas comprado a passagem. Me ligavas no meio da noite dizendo que estavas cansada e eu nunca conseguia te fazer voltar a dormir. Parecia impossível virar as costas para a felicidade quando ela batia a minha porta.
Procurei sempre pensar em ti como a minha irmã mais nova e esse pensamento me poupou muitas fantasias porque sim, tu eras provocante mas tu também eras menor de idade. Procurava te manter por perto por causa da minha possessividade, que eu aprendi contigo, mas a vida foi ficando mais corrida e assim como eu, tu conheceu pessoas.
Devo te dizer que nunca conheci outra guria que falasse tanto quanto tu e também não conheci outra guria que me fizesse tão bem quanto tu, sem ser a Dona do meu Coração. De repente eu já não estava mais preocupado com o vinho derrubado no carpete, porque eu estava dançando na sala, contigo. Sempre regados a boa música, boa bebida e bons cigarros. Que saudade eu tenho dos cigarros, te prometi e nunca mais acendi um.
Também percebi que agora tu és um capítulo da minha biografia, um capítulo escondido entre os LPs do The Doors porque só o meu biógrafo vai ficar sabendo de ti. Desde que me mudei pra Porto decidi por te guardar só pra mim, ser a minha parte que ficou em Rio Grande porque tu sabes que são poucas as coisas que eu gosto de ficar lembrando. Este capítulo será o mais difícil afinal perdi quem me deu a vida mas espero contar com a tua ajuda para escrevê-lo, minha amiga, assim como contei contigo nos dias intermináveis dentro do hospital e naquela madrugada gelada de verão dentro das capelas.
'Amanhã vamos pra praia, olhar o mar sentados nas dunas, esperando o pôr-do-sol. Vai ser o nosso alívio momentâneo.'
Outro dia encontrei o teu desenho do golfinho, aquele que tu fez na 7º série e que ficasse muito empolgada e me desse. Emoldurei e pendurei no meu quarto mas o que eu mais gosto nele é a dedicatória que tem atrás. Lembro da tua empolgação me ligando no meio da aula de química só pra falar que tinhas feito o desenho mais bonito da tua vida e que querias dar para a pessoa mais feia da tua vida para que assim os dois se completassem. Gostaria de ter tido naquela época, metade da maturidade que tu tens hoje e quero que tu saibas que eu te admiro acima de tudo, pelo que tu fostes e pelo que te tornastes.
Espero conseguir chegar para o verão e te ver formanda, espero te abraçar e pegar no teu pé, como o irmão mais velho que tu sempre quis. Agora eu voltei para ficar."
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6 de dez. de 2011
meu querido,
gostaria de te pedir desculpas. quando finalmente pude te abraçar, agi feito louca. transformei nosso tempo em algo próximo do chato, pra não dizer mais coisa. sei que só falei coisas erradas e tentava consertar, meio que só errando mais.
não quero me justificar, aceitei meu erro, mas quero te pedir que não fiques com a última lembrança errada minha. não sou tão metida assim, na maioria das vezes sou legal como tu já sabes (haushuashusa) mas de uns tempos pra cá nem eu tenho me aguentado, como eu já te falei.
que bom que me sinto a vontade de falar contigo essas coisas e espero que tu te lembres que eu falei que não estava bem.
então é isso agora? depois de tudo voltamos à estaca zero? muito bom, quem sabe então quando as coisas derem uma acalmada eu te ligue... quem sabe eu nunca vá conseguir ter essa coragem e fique esperando de novo aquele status mudar. tomara que eu espere a vida toda. gostaria de ser uma amiga mais presente e gostaria de poder contar contigo sempre, assim sem ter medo de interferências.
sabes como eu sou. vou ficar quietinha no meu canto, sendo apenas espectadora, morrendo de vontade ser atriz principal mas só esperando terminar meu mestrado para que eu possa assumir meu papel de direito e dar vida a todas nossas bobagens.
de todos jeitos tortos do mundo, eu te amo.
"Então diga que não vai sair da minha vida
Diga que não passa de mentira quando dizem que o amor morreu
Então diga que o tempo fecha todas as feridas
E que pra nós existe uma saída
Que nem por um segundo me esqueceu"
Diga - Visconde
Diga que não passa de mentira quando dizem que o amor morreu
Então diga que o tempo fecha todas as feridas
E que pra nós existe uma saída
Que nem por um segundo me esqueceu"
Diga - Visconde
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5 de dez. de 2011
veiculação de palavras sem sentido
nunca fui muito fã de ler jornais, sempre sujava a ponta dos dedos e me complicava naqueles montes de folhas soltas, além de não entender muita coisa da importância daquilo. claro, eu tinha por volta de 9 anos mas agora com o dobro, a minha opinião continua sendo a mesma. continuo não gostando de jornais e não os lendo, mesmo que agora entenda sua importância e a maioria das coisas que estão escritas nele. prefiro me atualizar pela internet ou então, como último recurso, comprando revistas.
contudo, até isso tem me tirado a paciência! jornalistas tem um padrão de escrita (todos nós temos, é isso que garante a nossa diferenciação), só que tenho achado esse padrão tão fraco, impessoal e fútil que está me repugnando. ir para uma faculdade, aprender a escrever, resgatar a notícia e fazer tão pouco por ela!
é sempre a mesma coisa, o mesmo padrão de apresentação, onde a informação é entregue ao leitor de uma maneira qualquer, como se não importasse o que está sendo escrito e fico com a sensação de ser fútil só por ler aquilo. não há um mínimo de consideração com a notícia e nem com quem a recebe, é simplesmente 'aconteceu isso, está nesse contextinho e é tudo que eu pude falar mas se tu procurares mais sobre tu vais encontrar uma versão contrária a minha, a verdadeira, estou sendo pago pra isso'.
além das páginas de fofoca, das quais nunca fui muito fã mas como mulher tenho meus momentos de fraqueza e de vez em quando procuro saber quais são as novidades do mundo dos famosos (já que eu não vejo nem novela nem televisão), assim como aquelas dicas de moda e beleza, mas só o que vejo de atualizações é 'fulaninha saiu de casa usando um óculos da marca tal tal, copiando outra fulaninha que já tinha saído na rua ontem com a mesma marca de óculos'. baaaaaaah que feio! a mesma marca de óculos, que informação que alterou o rumo do meu dia! pois então o que era pra ser entretenimento virou descontentamento. não existem mais notícias sobre exposições, opiniões válidas que os artistas deram ou sobre doações ou, como todo integrante de banda gosta de fazer, dar dicas de outras bandas não tão conhecidas. agora as notícias mais interessantes são sobre a atriz que levou o filho de 1 ano pra passear (onde normalmente eu nem sabia que ela tinha ficado grávida) e que só servem para ver se a criança é bonita (mas que baita utilidade) ou ainda como vou me formar esse ano, olhar que vestidos estão na moda, mas agora até isso já decidi.
me pergunto, quem perde horas olhando essas notícias? muita gente. se liguem, vocês não vão viver a vida desses artistas (e nem ter a conta bancária deles) só por ficarem bisbilhotando o dia-a-dia deles. que diferença fará tu saberes se ele foi para NY ou Paris fazer compras, se tu estás no Brasil e nunca nem fosse pra cidade vizinha? quem sabe se não tivesse tanta gente de cabeça fraca e apenas chorando as mágoas por ter nascido pobre e mais pessoas lutando pelas suas metas e pelo menos tentando ganhar dinheiro as coisas poderiam ser um pouquinho diferentes. temos de aceitar nossas realidades e fazer decisões que exaltem a vida que optamos, senão vivemos fora da casinha. que sonhos alguém que não conhece seus limites pode realizar?
contudo, até isso tem me tirado a paciência! jornalistas tem um padrão de escrita (todos nós temos, é isso que garante a nossa diferenciação), só que tenho achado esse padrão tão fraco, impessoal e fútil que está me repugnando. ir para uma faculdade, aprender a escrever, resgatar a notícia e fazer tão pouco por ela!
é sempre a mesma coisa, o mesmo padrão de apresentação, onde a informação é entregue ao leitor de uma maneira qualquer, como se não importasse o que está sendo escrito e fico com a sensação de ser fútil só por ler aquilo. não há um mínimo de consideração com a notícia e nem com quem a recebe, é simplesmente 'aconteceu isso, está nesse contextinho e é tudo que eu pude falar mas se tu procurares mais sobre tu vais encontrar uma versão contrária a minha, a verdadeira, estou sendo pago pra isso'.
além das páginas de fofoca, das quais nunca fui muito fã mas como mulher tenho meus momentos de fraqueza e de vez em quando procuro saber quais são as novidades do mundo dos famosos (já que eu não vejo nem novela nem televisão), assim como aquelas dicas de moda e beleza, mas só o que vejo de atualizações é 'fulaninha saiu de casa usando um óculos da marca tal tal, copiando outra fulaninha que já tinha saído na rua ontem com a mesma marca de óculos'. baaaaaaah que feio! a mesma marca de óculos, que informação que alterou o rumo do meu dia! pois então o que era pra ser entretenimento virou descontentamento. não existem mais notícias sobre exposições, opiniões válidas que os artistas deram ou sobre doações ou, como todo integrante de banda gosta de fazer, dar dicas de outras bandas não tão conhecidas. agora as notícias mais interessantes são sobre a atriz que levou o filho de 1 ano pra passear (onde normalmente eu nem sabia que ela tinha ficado grávida) e que só servem para ver se a criança é bonita (mas que baita utilidade) ou ainda como vou me formar esse ano, olhar que vestidos estão na moda, mas agora até isso já decidi.
me pergunto, quem perde horas olhando essas notícias? muita gente. se liguem, vocês não vão viver a vida desses artistas (e nem ter a conta bancária deles) só por ficarem bisbilhotando o dia-a-dia deles. que diferença fará tu saberes se ele foi para NY ou Paris fazer compras, se tu estás no Brasil e nunca nem fosse pra cidade vizinha? quem sabe se não tivesse tanta gente de cabeça fraca e apenas chorando as mágoas por ter nascido pobre e mais pessoas lutando pelas suas metas e pelo menos tentando ganhar dinheiro as coisas poderiam ser um pouquinho diferentes. temos de aceitar nossas realidades e fazer decisões que exaltem a vida que optamos, senão vivemos fora da casinha. que sonhos alguém que não conhece seus limites pode realizar?
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