eu não sabia que faria e que sentiria tanta falta. nem foi tanto tempo assim mas eu sinto como se finalmente tivesse me achado e fosse obrigada a partir. agora eu procuro as músicas que me fazem lembrar de ti e penso em cada detalhe. isso realmente está começando a mecher comigo. eu reconheço cada gesto racional demais teu e cada gesto impulsivo meu e é isso que nos diferencia. apenas.
todo o muito conversado ficou pouco e eu já cansei da monotonia de saber que te terei na minha rotina. a calmaria que tu me passas contrasta exatamente com a hiperatividade que me domina quando fico nervosa e eu já não quero mais saber se eu te terei. lá começo eu a criar expectativas furadas e a sonhar completamente... como faço isso bem. a distância entre a gente é bem menor do que a distância que existe entre eu e terceiros e não era pra ser assim. eu espero cada hora sem ti e rezo pra que quando te tenha essa mesma hora não passe.
é bom me sentir assim mas é confuso demais, prefiro o silêncio, prefiro um vinho nesse frio e uma boa memória embalados ao som de músicas agradáveis. cada vez mais eu acho que não pertenço mais a essa cidade e eu quero ir embora eu cansei de não achar o que eu quero aqui e cansei de ter que voltar quando o que eu mais queria era ficar lá longe. é desapontante e confortante chegar em casa porque a minha cama poderia estar em qualquer outro lugar que eu estivesse, eu não me desapontaria desse jeito.
aquele livro da Martha Medeiros me disse muito apenas pela capa. ele estava ali parado na banca no meio da Rua Coberta, com milhares de pessoas realmente interessados em outros livros semelhantes e outras milhares de pessoas atrás de um lugar seco e quente acolhendo-se daquela chuva fina e gélida. o livro me chamou atenção pela simplicidade da capa, me chamou atenção para o lugar onde eu estava. eu não me lembro do título e muito menos o conteúdo da capa mas eu me lembro que ele era simples e era da Martha Medeiros e que a maioria das pessoas nem sabia que ele estava ali, encoberto por outros mais coloridos e maiores que ele. apenas um sortudo o acharia. me senti essa sortuda, novamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário