as minhas ligações com as pessoas são mais bizarras do que eu achava há um tempo atrás. elas vão desde o rosto que eu vi na rua e que marcou, seja pela roupa ou atitude da pessoa até aquelas coisas normais de amizades e tudo isso.
eu me lembro, e deve fazer uns mais de 4 anos, que eu julguei um guri. era uma das várias noites que eu tão cansada e viciada estava no meio de algum evento, ou rua, com algumas companhias boas, bebida a vontade e sem compromisso. pois então veio esse guri com cara de nerd, mas não aquele nerd típico, uma mistura de simpatia com anti socialismo. achei interessante mas aconteceu alguma coisa que eu não me lembro, dado o horário e a quantidade de álcool no meu sangue, que eu não gostei dele. acho que ele sumiu rápido demais. só me lembro de falar pra ele o quão gurizão ele era. provavelmente ele não deve ter gostado. mais provável ainda, ele não se lembra. ele era gurizão, só não admitia.
entre todas essas idas e vindas da vida, estudo com ele hoje e com o decorrer dos anos somos amigos. enfim, não escrevi isso tudo pra nada, escrevi porque muitas vezes me choca a tua ingenuidade. tanto comigo quanto com os outros. e eu que me achava a ingênua (sim, esse blog é prova disso).
são raras as vezes que tu me falas que tens saudade minha ou qualquer outra coisa fofa, é quando me lembro dessa tal ingenuidade. eu gosto sabe. é o tipo de amizade confusa, talvez o mais verdadeiro. bebemos juntos, falamos muita merda e nos ajudamos, na maioria das vezes somos os mais estúpidos possíveis um com o outro.
mantenho perto tudo que faz bem e eu sei que tu precisa de mim, assim como eu preciso de ti e talvez seja por isso que ainda estejamos unidos. tanto assim. mais até que algumas dessas pessoas que estão muito mais comigo do que tu, elas eu sei que assim que pararem de ter aula comigo vão me abandonar. eu sei que nós vamos continuar bebendo juntos afinal é o que fazemos de melhor. se isso continuar acontecendo, o resto todo irá. viva essa ingenuidade, à sensibilidade e à amizade sem palavras. afinal para bom entendedor, meia palavra basta.
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