12 de jul. de 2011

meu amigo invisível

o único problema ultimamente é a companhia. a cada vez que eu, mentalmente, programo meu dia penso na possibilidade do teu desperdício de tempo comigo. chego até a olhar pro lado e te ver ali, sorrindo e falando. idiotice mas eu sinto falta. não venho me expressar como quem sente falta do amante, falo sobre quem sente falta do amigo, da cumplicidade e de não ter que gastar tempo conhecendo uma pessoa. até porque já chego a conclusão de que não sei mais fazer isso.

queria as risadas e que um amigo de anos me surpreendesse com o que eu já sei dele. queria não me preocupar com o silêncio constrangedor de quem não tem mais assunto. como é difícil se tornar amigo de alguém. mais difícil ainda é manter a amizade. só penso que, depois de tudo, de toda dificuldade e de todas horas perdidas na frente da tela do note, poderíamos nos perder mais um tempinho. ao mesmo tempo tenho medo de te falar que sinto falta por medo de ser mal interpretada e tentando não piorar as coisas, não faço nada. se até eu me controlo e não tomo iniciativa nenhuma, que dirá tu? nem deve mais passar pela tua cabeça isso.
pois aí é que está, eu tenho me controlado e o meu objetivo é o mais básico de todos mas mesmo assim tem o medo de voltar a sentir tudo novamente. em time que está ganhando não se mexe, não é mesmo?

penso em todos comentários dos jogos de futebol, nos filmes, nas pizzas regadas a vinho, nas vésperas de prova que eu te pedia pra tentar me ensinar leis que eu tenho ódio, mas que fazia só pra saber que tu tinha estudado e nas vezes que eu me empolgava falando dos meus termos técnicos, nos dias chuvosos que eu acabo olhando para a parede, de tanto tédio. são lembranças demais, lembranças que eu queria que continuassem.
espero que um dia elas voltem a acontecer.

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