2 de ago. de 2015

retorno

"Seja qual for o relacionamento que você atraiu para dentro de sua vida, numa determinada época, ele foi aquilo de que você precisava naquele momento"
Facebook da vida

Hesito muito em vir aqui. Principalmente por que acredito que descobri uma nova forma de lidar com meus demônios. Talvez eu tenha seguido o conselho da minha psicóloga e ido procurar um hobby.
A questão agora é que desisti de colocar tantos nomes no que sinto. Não sei mais escrever sobre as coisas. Não sei escrever sobre felicidade; é isso que tenho sentido a maior parte do tempo. Sempre fui completa e hoje me transbordo. Tive a coragem de arriscar no caminho, sem focar no final dele.

Entretanto, durante todo esse tempo, reconheço que ainda venho me reconstruindo. Ainda tenho pesares e dúvidas do ano passado... céus, dos anos passados.
Em especial nessa semana tenho refletido todas impossibilidades criadas ao longo do tempo que me relaciono com pessoas. Todas amizades e o porque delas se perderem; e também dos amores.

Tenho achado engraçado as coisas de que me lembro. Nunca é o primeiro beijo ou o primeiros contato, sempre é o momento da decepção. E lembrar disso faz aquela menina de 13 anos se decepcionar com quem ela se tornou. Ela escolheu não lembrar do ruim e pensar no porque deu certo.

Talvez nessa etapa da reconstrução eu tenha que passar por isso.
Um médico me disse que é melhor perdoar, sempre é o melhor remédio. Talvez os novos hobbies tenham contribuído para que eu me sinta bem, saudável, longe daqueles problemas que me rondaram. As pílulas ainda estão na gaveta da escrivaninha, acho que sobraram 7. Sempre duvidei do diagnóstico.

Perdoar os outros, ok. Mas e a si mesmo?

Penso se até hoje não existe alguém nesse mundo que tenha mágoa de mim e que não consiga me perdoar. Sempre fui muito inconsequente... talvez até egoísta.


Vejo toda essa felicidade que não sei se mereço, todo esse sorriso e olhar amável me olhando de volta e penso se já não causei mais dor que felicidade... Não importa o momento, ele sempre acha o meu melhor.
Eu sabia que o ponto baixo chegaria, havia muito tempo que eu estava nas nuvens.
Sobre a conversa de ontem... não sei se fui ouvida ou se a mensagem foi entendida. Me pareceu que eu era a errada e ponto, que eu deveria me ajustar.
Não queria que tudo ficasse bem assim tão rápido. Queria ter tido algum sinal de compreensão do meu problema. Sinto como se não tivesse sido nada.


Por outro lado, eu acredito. Acredito em filmes, em livros, em pessoas. Acredito que seja verdade e que as pessoas tenham em seu interior sentimentos bons e generosos. E não me importo em ser feita de boba, manipulada ou mentida porque eu escolhi acreditar. Eu tomei a decisão e corri o risco. Há 50% de chance de quebrar a cara.
Sei que não reconheço quando devo pular fora, pode ser burrice mas eu atribuo também ao fato de acreditar. Porque eu acredito que todos tem seu lado bom, acredito que é possível parar de ser feita de boba e ter arrependimento e pedir perdão.

É difícil largar a luta e assumir que perdi e que algumas coisas (e pessoas) não tem sentimentos, sendo elas antipáticas e até beirando a sociopatia. É difícil acreditar em um mundo egoísta e que o meu afilhado tenha que lidar com ele.
Nós sempre fazemos escolhas, entre o caminho mais fácil e o mais difícil. Acreditar é o mais difícil, é o mais vulnerável.


Nesse mundo de perguntas eu me questiono se agora estou fazendo bem, se aprendi algo com todos romances que já tive.
Sou insegura. Só de pensar em causar algo que possa significar o fim...
E pensando em tudo que já fiz, vem o medo de me preocupar com o que eu possa fazer e esquecer que há outro alguém nesse relacionamento. E se ele...?
Percebi que queria causar muita felicidade, agradar quando e quanto possível.
Agora não me sinto tão a vontade. Não sei o que ando sentindo... queria mais tempo.


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