20 de set. de 2012

à queima das cartas e às páginas viradas.

muita coisa aconteceu desde a última postagem e muita coisa já vinha acontecendo.
desde a última vez que estive aqui tive que levar o meu notebook para formatar e quando a atendente me perguntou que arquivos e pastas eu gostaria de salvar, eu fiquei pensando. sabia que alguém me perguntaria isso e, na noite anterior me deitei pensando na quantidade de arquivos que eu possuo em um simples HD.
pois quando ela me perguntou, respondi "apenas a pasta de músicas". acho que ela ficou abismada com a minha resposta porque logo falou "sabes que a gente pode salvar tudo né?" e eu só sorri e disse:
- eu sei mas já tenho salvo tudo que eu preciso.
a guriazinha ainda me perguntou se eu tinha certeza... mas é claro! porque ela estava sendo tão insistente?

a verdade é que eu não tinha salvo no meu HD externo a minha pasta de textos e mais um monte de documentos que se encheram de palavras na hora do desespero. mesmo assim não pedi pra que a guriazinha salvasse-os e nunca compreendi porque uma parte de mim insistia em implorar para que continuassem comigo.

depois de um tempo tu percebes que te prendes a essas 'partes' de ti que foram exteriorizadas. senti que estava na hora de deixar pra trás os sentimentos que eu já havia sentido e talvez dar lugar para os que eu ainda irei sentir. é, argumentos bem clichês mas eu me sentia 'cheia' como se não tivesse mais para onde ir e nem saber o que sentir. parecia que eu estava sentindo tudo junto, todas injustiças que eu já sofri ou vi alguém sofrer, os amores que deram ou não certo, as inseguranças e principalmente todos os medos. espero que na minha cabeça, reiniciar o notebook funcione como um equivalente ao esquecimento, tentar uma nova 'filosofia de vida' já que a anterior só me levava à terapia.

espero que aos poucos eu vá esquecendo as coisas que eu deixei e dando valor aos novos sentimentos. tomara que eu não sofra tanto.

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