23 de dez. de 2010

as pessoas tem o que merecem.

não sei porque sinto isso, essa insatisfação que não é bem uma insatisfação, é mais uma desesperança, se é que isso existe. poxa, é natal, tecnicamente a época mais feliz e efusiva do ano, quando se junta com o ano novo. meu aniversário ou o que quer que seja.

pois então, é sobre isso mesmo, dezembro. tantas coisas acontecendo e acelerando tudo para que as férias passem vazias e rápidas, resultando em mais um ano devagar, entediante e cansado. ano que vem será complicado, bastante complicado.

esses fins de ano me lembram da felicidade alheia que eu não possuo, e que talvez eu não queira possuir, só para poder ainda ter do que me lamentar, ter autodesprezo, para variar as coisas um pouco.

é só que eu penso que tudo mudou de uma forma tão bruta, desnecessária inclusive. eu já vi coisas que preferia não ter visto, senti e conheci pessoas que fazem parte da minha antiga vida mas, pera aí, eu continuo tendo uma vida só, isso não muda. eu lembro do que as pessoas fizeram pra mim, lembro o quão idiota eu fui e eu acho que melhorei mas pra isso precisei me livrar do amor que sentia por todo mundo. não é amor do tipo eu te amo como bom dia mas simpatia, achar que existe o bom dentro de cada um porque isso é só papo para o natal e não para o ano inteiro. cansei.

se eu me senti assim apenas por um sonho que eu não faço a mínima idéia do que houve, então é melhor parar de procurar o resquício de memória que sobrou. afinal a única coisa que eu consigo me lembrar ainda é que faz um ano inteiro desde que eu me toquei de várias coisas, um ano e um mês, 13 meses dos quais 11 e talvez até os próprios 13 e quase 14 eu me senti enganada. não, não eu não vou esquecer o porque eu deixei tudo ir, eu já esqueci e passei por isso mas a ferida continua aberta e sangrando, as pessoas só não vêem o sangue porque esse sangue já bombeia para outro lugar, infelizmente para longe de mim.

sim, me marcou, me chocou, acabou comigo mas principalmente nesse natal eu me lembro daquelas palavras bêbadas em uma madrugada qualquer me falando que fui eu quem estraguei tudo e que as coisas não poderiam ser consertadas, mesmo conosco podendo tentar novamente. eu só precisava falar que sim.


ainda bem que não falei que sim, as pessoas tem o que merecem, nisso eu acredito.

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