8 de dez. de 2010

ainda bem que as pessoas mudam.

afinal, aprendemos coisas valiosas amadurecendo. antes precisávamos chocar, mostrar a todos que tinhamos aquele tipo de pensamento e que nos orgulhávamos dele e pego como exemplo todas aquelas pessoas que, quando tinham 12 anos rebelaram-se contra o mundo e vestiam-se só de preto, maquiadíssimas (as gurias) ou eram donos de cabelos enormes (no caso dos guris) e pagavam de fodões de qualquer maneira possível. ainda bem que amadurecemos.

não critico, entendam, eu fui uma dessas e me orgulho disso. acontece que percebo cada vez mais que essa maneira de agir afasta as pessoas. tenho certeza que não conheceria metade das pessoas que conheço e que estas não me achariam uma pessoa legal e confiável só pelo jeito que me visto. claro que a opinião das pessoas não conta muito mas a opinião das pessoas que eu gosto e que considero amigas conta, pelo menos pra mim e eu não teria essas pessoas do meu lado se continuasse no meu mundinho pequeno e restrito que eu vivia com meus 12 anos.

claro que a culpa é da mídia, de todas as pessoas que trabalharam arduamente no esteriótipo que todos roqueiros abominam e que, dentro do estilo, brigam, mas pessoas maravilhosas são taxadas de satanistas e todas aquelas coisas horrorosas por aspectos externos. continuamos acreditando nas mesmas coisas, ou pelo menos nas que valem a pena acreditar, amadurecemos e confirmamos conceitos e gostos musicais, apenas para analisar superficialmente.

a grande diferença é a maneira que nos expessamos. atualmente só exponho minhas ideias mais radicais para pessoas que já possuam um conceito formado sobre mim e que eu tenha certeza que compartilhe-as comigo. cautela. não preciso mais chocar ou magoar alguém apenas para expor meu ponto de vista, eu sei que ele existe e isso é tudo. não me trará nada de conhecimento extra discutir religiosidade com um católico, nós dois temos o pensamento formado e nenhum se renderá ao outro, só discutiremos até o fim dos dias e não chegaremos a lugar algum e ainda é capaz de brigarmos.

aprender, perceber que a vida não é tu contra o mundo e sim tu e pessoas que tu gosta e ama contra o mundo que te puxa pra baixo. é sim necessária cautela e não é necessário expor todos teus pensamentos formados sobre tudo para todos. a lição mais valiosa que eu aprendi é empatia.

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