31 de dez. de 2010

feliz ano novo


desejo a vocês muitos fogos de artifício em 2011. obrigada e até ano que vem.

23 de dez. de 2010

as pessoas tem o que merecem.

não sei porque sinto isso, essa insatisfação que não é bem uma insatisfação, é mais uma desesperança, se é que isso existe. poxa, é natal, tecnicamente a época mais feliz e efusiva do ano, quando se junta com o ano novo. meu aniversário ou o que quer que seja.

pois então, é sobre isso mesmo, dezembro. tantas coisas acontecendo e acelerando tudo para que as férias passem vazias e rápidas, resultando em mais um ano devagar, entediante e cansado. ano que vem será complicado, bastante complicado.

esses fins de ano me lembram da felicidade alheia que eu não possuo, e que talvez eu não queira possuir, só para poder ainda ter do que me lamentar, ter autodesprezo, para variar as coisas um pouco.

é só que eu penso que tudo mudou de uma forma tão bruta, desnecessária inclusive. eu já vi coisas que preferia não ter visto, senti e conheci pessoas que fazem parte da minha antiga vida mas, pera aí, eu continuo tendo uma vida só, isso não muda. eu lembro do que as pessoas fizeram pra mim, lembro o quão idiota eu fui e eu acho que melhorei mas pra isso precisei me livrar do amor que sentia por todo mundo. não é amor do tipo eu te amo como bom dia mas simpatia, achar que existe o bom dentro de cada um porque isso é só papo para o natal e não para o ano inteiro. cansei.

se eu me senti assim apenas por um sonho que eu não faço a mínima idéia do que houve, então é melhor parar de procurar o resquício de memória que sobrou. afinal a única coisa que eu consigo me lembrar ainda é que faz um ano inteiro desde que eu me toquei de várias coisas, um ano e um mês, 13 meses dos quais 11 e talvez até os próprios 13 e quase 14 eu me senti enganada. não, não eu não vou esquecer o porque eu deixei tudo ir, eu já esqueci e passei por isso mas a ferida continua aberta e sangrando, as pessoas só não vêem o sangue porque esse sangue já bombeia para outro lugar, infelizmente para longe de mim.

sim, me marcou, me chocou, acabou comigo mas principalmente nesse natal eu me lembro daquelas palavras bêbadas em uma madrugada qualquer me falando que fui eu quem estraguei tudo e que as coisas não poderiam ser consertadas, mesmo conosco podendo tentar novamente. eu só precisava falar que sim.


ainda bem que não falei que sim, as pessoas tem o que merecem, nisso eu acredito.

17 de dez. de 2010

eu estava pensando...


falei com alguns amigos que fazia horas que não falava e eles me perguntaram da mais nova (ok, não tão nova assim mas que pra eles é nova) pessoa na minha vida. ok, respondi, encantada, e eles me escutaram pacientemente, como sempre. me tremeram de apaixonadinha, logo eu e tudo o mais como todos meu amigos fizeram comigo (juro que não sei o motivo). foi aí que um tocou no assunto, afirmou, uma coisa que para os outros, seria a coisa mais normal do mundo quando se vive um romance a longa distância, a presença da web cam. neguei. ele (assim como todos) se surpreendeu.

ok, não foi nada demais mas me fez pensar que, pra mim é uma coisa tão boa mas que me machuca tanto que eu nem cogitei a hipótese de machucar tanto a ele também. somos tão parecidos que eu subentendo que perguntei a ele e tomo o controle da situação.

nossa, eu amo ver ele, ali, na minha frente, tão perto e tão longe ao mesmo tempo mas é exatamente esse o ponto. ver, realmente, é bom porque me lembra dos momentos que passamos juntos mas também me lembra que não tenho próxima data para vê-lo. me lembra que assim como todos casais que se ligam a hora que querem, que fogem de casa para se ver, que moram a quadras de distância, enquanto eu moro a 650km.

a sensação de observá-lo é única, me faz relembrar todos os traços mas me faz dormir com uma sensação de impossibilidade, com uma tristeza de não conseguir fazer nada a respeito que me deixa assim por dias. por isso não nos vemos todos os dias. desculpa.

8 de dez. de 2010

ainda bem que as pessoas mudam.

afinal, aprendemos coisas valiosas amadurecendo. antes precisávamos chocar, mostrar a todos que tinhamos aquele tipo de pensamento e que nos orgulhávamos dele e pego como exemplo todas aquelas pessoas que, quando tinham 12 anos rebelaram-se contra o mundo e vestiam-se só de preto, maquiadíssimas (as gurias) ou eram donos de cabelos enormes (no caso dos guris) e pagavam de fodões de qualquer maneira possível. ainda bem que amadurecemos.

não critico, entendam, eu fui uma dessas e me orgulho disso. acontece que percebo cada vez mais que essa maneira de agir afasta as pessoas. tenho certeza que não conheceria metade das pessoas que conheço e que estas não me achariam uma pessoa legal e confiável só pelo jeito que me visto. claro que a opinião das pessoas não conta muito mas a opinião das pessoas que eu gosto e que considero amigas conta, pelo menos pra mim e eu não teria essas pessoas do meu lado se continuasse no meu mundinho pequeno e restrito que eu vivia com meus 12 anos.

claro que a culpa é da mídia, de todas as pessoas que trabalharam arduamente no esteriótipo que todos roqueiros abominam e que, dentro do estilo, brigam, mas pessoas maravilhosas são taxadas de satanistas e todas aquelas coisas horrorosas por aspectos externos. continuamos acreditando nas mesmas coisas, ou pelo menos nas que valem a pena acreditar, amadurecemos e confirmamos conceitos e gostos musicais, apenas para analisar superficialmente.

a grande diferença é a maneira que nos expessamos. atualmente só exponho minhas ideias mais radicais para pessoas que já possuam um conceito formado sobre mim e que eu tenha certeza que compartilhe-as comigo. cautela. não preciso mais chocar ou magoar alguém apenas para expor meu ponto de vista, eu sei que ele existe e isso é tudo. não me trará nada de conhecimento extra discutir religiosidade com um católico, nós dois temos o pensamento formado e nenhum se renderá ao outro, só discutiremos até o fim dos dias e não chegaremos a lugar algum e ainda é capaz de brigarmos.

aprender, perceber que a vida não é tu contra o mundo e sim tu e pessoas que tu gosta e ama contra o mundo que te puxa pra baixo. é sim necessária cautela e não é necessário expor todos teus pensamentos formados sobre tudo para todos. a lição mais valiosa que eu aprendi é empatia.

6 de dez. de 2010

tiempo al tiempo

- eu só queria saber porque não consigo escrever como antes.
- mas tu ainda estás escrevendo, igualzinho ao 'antes'.
- não estou não.
- mentalmente, está. publicar ou não é a diferença.
- e isso quer dizer o que?
pausa.
- quer dizer que... agora tens mais coisas para esconder.
- mas é claro que não, que retardadisse.
- não? antes tu fazias tudo que tu querias, mais espontânea impossível.
- e ?
- que guria burra ein! e agora tens medo, caisse na real que as coisas acontecem sim contigo.
- isso deveria ser uma coisa boa.
- e é, espera mais um tempo.