9 de set. de 2013

timidez mata o pseudo-futuro

Hoje pode ter sido a última vez nos próximos anos que eu te vi assim, ao vivo. Como sempre eu fiquei apavorada, mãos tremendo e estômago embrulhado e tudo. Sempre penso no que poderíamos ter sido, mesmo que o mais provável fosse continuar não sendo nada.

Quando entrei no ônibus e vi o teu olhar perdido através da janela, pensei na merda que eu tinha feito ao falar tudo que eu sentia, há alguns meses atrás. E fiquei mais nervosa ao pensar que tu podias estar pensando nisso também. Nesse meio tempo eu fiquei pensando no teu sorriso ao me dar oi e nas confusões que aconteciam sempre que tentávamos passar do 'oi, tudo bem?'. Quando tu saíste do ônibus já havia mudado de ideia, não me arrependo. 

Eu acho que gostaria de escutar as coisas que falei pra ti. Gostaria de saber que sou importante pra alguém que participou da minha vida por alguns dias, há muito tempo atrás. Vejo hoje tanta gente que deu errado e eu penso em ti e vejo o cara que evoluiu demais. A verdade é que espero ouvir muito o teu nome e sempre vou pensar com carinho no que 'escapou'. 

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