11 de set. de 2014

ainda rende muita história

por mais idiota que seja o papel que eu posso estar assumindo: eu acredito em ti.
sempre escolho acreditar porque sei que quem mantém o relacionamento são duas pessoas, e só. no momento só o que importa é a dor que sinto e senti.
também tento explicar toda confusão... minha, tua e de nós dois. se algo está sendo forçado, com certeza foi essa briga.

só tento e tento e me sinto cada vez mais fraca. esta não sou eu.
vejo a intimidade e o costume falarem mais alto, por mais que tentemos esconder, elas vivem escapando.

não estou pronta para largar. teimosa. eu sei. agora a questão não é mais sobre desejo, é sobre intimidade. caminhamos até aqui para jogar tudo pro alto? todo conhecimento que tenho tido sobre ti tem me desesperado porque não sei como tu chegou até aqui desta forma. e mais uma vez, tu afasta todo mundo... será que afastar todos é realmente viver? será que tu acredita que isso é normal? assim, ninguém se preocupando? será que essa é a melhor forma de executar as coisas? é sempre difícil sair da zona de conforto e atualmente te vejo estagnado. 

eu me importo! eu acho que não é normal! eu já tive essa escolha, me iludi achando que me ajudaria sozinha e vi que não deu certo. por enquanto quero me manter por perto. por enquanto quero me manter sã e tentar conversar sobre uma mudança de planos.


7 de set. de 2014

espero que um dia...

tenho lembrado de uns 3 meses atrás quando em um dia ensolarado resolvi exteriorizar uma mudança que já vinha internalizando muito. controle. especificamente, auto-controle.
durante o início desse ano me vi totalmente descontrolada, tentando mudar e não sabendo para onde. e foi perigoso. entrei numa série de relacionamentos que confrontavam a velha Carolina com a pseudo-nova Carolina e, obviamente, não deram certo. entretanto as mudanças foram satisfatórias e, em outro dia de sol, conheci três pessoas que me jogaram na cara que o auto controle, que eu imaginava ter, ainda estava bem longe de ser o ideal.

eu acho muito enlouquecedor ficar toda hora me cuidando e analisando. ainda luto com meu ímpeto quase auto destruidor e empático e sei que nem tudo que faço foi a melhor opção aliada à melhor execução. mas é isso, a vida é feita de tentativas e acertos e quando se muda o método, depois de tê-lo seguido por muito tempo, nada mais normal que errar nas primeiras vezes.

o que penso pra minha vida agora se resume ainda nesta união entre os dois jeitos e cada vez que tento estabelecer metas, volto a ler um capítulo sobre radiação eletromagnética. eu ainda não descobri o que quero.
ontem escrevi algumas coisas bem profundas, exteriorizei o que penso ser uma injustiça porque fui julgada como a Carolina antiga quando, na verdade, quero ajuda para montar a nova Carolina. saber que ainda se erra muito e que, para mim as coisas estão bem mudadas no interior mas não conseguir mostrar tudo, gera muita frustração. ainda mais quando sei que preciso de tempo.

ah, o tempo. nunca soube lidar com ele. sempre soube que deveria esperar as coisas acontecerem sozinhas mas quase nunca tinha paciência para deixar que acontecessem e, na maioria das vezes forçava e cagadas aconteciam. hoje eu sei que estou forçando, mas apenas porque julgo que meu oposto (o auge do auto controle) necessita disso porque, este sim, tem muita paciência!

não quero ser entendida mal. eu perdoo e entendo. quero acolher mas também quero ser acolhida. quero que vejam as minhas tentativas e se lembrem de quando viram a necessidade de mudar o modus operandi.
quero acalmar meu coração que vem durante anos aguentando muitas crises de ansiedade e tristezas.
tudo que falei ontem passou por muito pensamento e hoje me sinto calma. quem sabe eu descubra paciência para esperar tudo que é necessário e sabedoria para lidar com as respostas para as minhas perguntas.

6 de set. de 2014

pra gente se inventar de novo, e o mundo vai nascer de novo

e aqui em todo esse tempo livre, que eu reclamava não ter, cá estou.
falta vontade.
se me perguntassem segunda-feira, diria que tinha mil ideias pra esse sábado, uma mais demorada que a outra. e vontade transbordava.
porque estava sol, um leve vento, a grama estava verde, os amigos bem e perto e as aulas super interessantes. porque tudo estava encaixado ou no processo de.

o sábado está nublado e chuvoso e o sofá parece continuar sendo uma ótima opção. os planos foram por água abaixo e a ansiedade volta com tudo.
tomei a decisão de esperar... esperar o tempo passar, esperar quem sabe uma troca de ideia, uma conversa, uma vontade, uma notícia ou apenas o sol voltar.

3 de set. de 2014

everlasting light

Não sei porque tenho a impressão de que sempre existe alguma coisa a ser conversada. Quando sentamos para conversar sinto que não se fala tudo. Não sei se tu achas que não estou pronta pra escutar o que tens pra me falar, daí as coisas vão ficando pra outro dia e outro momento... que nunca chega.
Passar pelas coisas boas é fácil e não foi pra isso que me inscrevi.

Preciso saber se tu estás disposto a encarar tudo isso, assim como eu já me mostrei. Não sei como me expressar sem que soe como cobrança, porque não é essa a intenção. Sei que me encontro em desvantagem mas não é esse o problema. Acho que o problema é que eu não acredito que tu estejas pronto para (ou pior, queira) encarar a mudança de rotina e revisar as prioridades.

A vida muda sempre e a cada dia é necessário pesar as prioridades e objetivos. Atualmente tenho revisado os meus e me surpreendi no último sábado com uma verdade tão na cara que pareceu até bobagem que ela me surpreendeu: tudo acaba e, quando acabar... não vai ser fácil e principalmente, vai ser uma experiência totalmente nova pra mim.

E então segunda eu já imaginei acabar. Não que seja um desejo... longe disso... deu até medo e uma vontade incontrolável de fazer esta possibilidade desaparecer. Mas a realidade de não conseguir conversar e me parecer ter esse bloco entre nós me fez perceber que não está tão lindo assim e que as dúvidas sobre se valia ou não a pena estão cobrando seu preço porque a resposta foi que sim, valia à pena. Me esforço mas não consigo compreender totalmente e isso tem me frustrado mais que os problemas do estágio. Perceber que não sei nem metade do que achei que sabia me atormenta.

O problema inicial pode ter sido idiota mas esconde questões bem mais complexas e que precisam ser conversadas. Compreendo toda paciência e até a impaciência agora mas também compreendo que uma conversa é importante.

***


Percebi muita ingenuidade e inconsistência.

Agora eu que te falo: não vai dar certo. Já passei por isso e afirmo: a tendência é o afastamento.

Por mais que não tivesse contando com esse resultado, ele estava na minha cabeça. Por que é sempre assim e eu talvez esteja pegando a prática, quando eu acho que está tudo lindo e começo a agradecer pelas oportunidades, o vento não parece tão frio, os passarinhos cantam... dá errado. Até comer bolacha consegue dar errado!

Tudo bem, eu sei que não vou morrer e que a vida continua, mas nunca consegue continuar do jeito que quero. Te digo: não vai dar certo essa historia de continuar tendo que lidar um com o outro. A gente já tinha escolhido que valia à pena e, do nada, não vale mais! Não interessa se somos diferentes. Na verdade, não interessa nem se fôssemos iguais, eu ia continuar encontrando defeitos e sim, ficando com raiva. Por que é assim que eu estou... com raiva de ter que passar por isso depois de já ter passado "dois meses maravilhosos".

Acredito que seja imaturidade mas ok, um dia nós chegamos lá, cada um com suas dificuldades. Eu? Certamente vou continuar me entregando e sentindo tudo que há para sentir.
A única coisa que eu queria era mostrar a tua falta de coragem... em um relacionamento em que tudo está bonito ainda, não existe distinção entre o caminho certo e o fácil! O caminho certo sempre é fazer o que te faz bem pelo intervalo de tempo que te faz bem. Convenhamos, no final sempre pára de dar certo, mas não necessariamente começa a dar errado, às vezes só para. 
Agora, tenho certeza que nenhum dos dois está bem.

Quero muito que tu te lembre e sempre pense naquela vez que tu não teve coragem de viver momentos bons com medo de um futuro ruim que sempre pode chegar, sozinho ou acompanhado.