O meu peito anda transbordando desde o período de Iemanjá. Toda aquela chuva me fez sair de casa e por alguns dias, eu esqueci de muita coisa. Procurei viver apenas o instante, a amizade e a responsabilidade. Deu certo, mas me deu um medo maior de voltar pra casa do que o das tempestades. Quando voltei, percebi que a vida se encaixa.
Pós-iemanjá eu inventei outro motivo pra sair de casa, mas as coisas aconteceram de forma diferente. Não me deu esperança nem vontade de viver. Me deu stress e a certeza de que está tudo virado do avesso.
O que eu quero é um amigo para matear, eu quero que tudo passe de uma vez. Soa até meio infantil mas tudo que consigo sentir agora é insatisfação. Tive semanas maravilhosas e realmente acreditei que a vida era bonita de novo e agora não entendo porque sábado pela manhã, já chorava olhando para o mar.
O domingo começou atrapalhado e me fez ficar indecisa se ia para a praia, consequentemente quebrei uma térmica e logo após vieram ondas de tsunami meteorológico. Por mais que eu não estivesse na praia no momento das três grandes ondas, presenciei uma que assustou.
Estou aqui, em pleno dia 10, falando de coisas do final do mês de janeiro. Estou aqui tendo que planejar o carnval em plena semana de provas. Estou aqui ainda no ano letivo de 2013. Estou aqui, procrastinando e tentando aliviar a minha tensão para finalmente tentar ser livre. Só consigo pensar naquela cama, sem mim.