Com tanta gente longe e de longe, a minha vida tá uma loucura. Ao ver os meus novos coleguinhas darem adeus a vida que levavam na sua cidade e vir pra minha, sem pais e aparentemente sem responsabilidades (só no final do primeiro mês que essa parte vai importar), decidi acompanhá-los e fazer só festa também.
As comparações são inevitáveis, seja com o curso de Física, seja entre as diferenças nos hábitos que pessoas do mesmo país têm, e percebi que com pouco mais de duas semanas de aula nós já nos entrosamos demais, apesar dos pesares. Daí surgem as minhas loucuras psicológicas de começar a traçar um perfil das pessoas. Está todo mundo iniciando sua vida adulta, morando sozinho e tendo responsabilidades como lavar roupa, fazer supermercado (ler com sotaque interiorano paulista) e arrumar a casa. E eu? Eu lavo roupa e cozinho, mas não me sinto adulta. Não me sinto solta!
Comecei a pensar e se quero (tentar) acompanhá-los, tenho que, no mínimo, começar tendo a coragem que eles tiveram. Tem gente da Bahia! Eu não sei se teria coragem de me mudar pra Bahia só pra fazer faculdade!
Falei. Falei tudo que estava preso na minha garganta. E cansei de falar! E me tremi de tão nervosa! E tenho me sentido muito melhor. Eu tinha medo de conhecer tanta gente nova, essa é a verdade.
Parei de tentar e fui ser, junto dos meus coleguinhas, tendo certeza de que é esse tipo de vida que eu quero pro futuro, afinal, estamos todos no mesmo barco.