22 de ago. de 2012

o tradicionalismo sendo ensinado desde sempre


Bonito dia de sol no Balneário Cassino e a aconchegante casa da vó. O Arthur, no alto do seu ano e dez meses passa o tempo todo correndo, chutando lindamente de esquerda a “bó” e empurrando o carrinho vazio, onde o correto  seria alguém empurrá-lo – nossas costas agradecem e acho que ele foi ensinado errado propositalmente.

Nessa idade estamos acostumados a ficar o tempo todo vigiando e correndo de um lado para o outro, já que não adianta dizer para a criança não mexer, ocasionalmente ela vai e mexe igual.

Foi então que em uma pausa para um chimarrão, o Arthur pediu colo. O ato em si já me enche os olhos d'água porque agora ele já é metido a gente grande e quer sentar sozinho na cadeira e fazer tudo sozinho. Ainda nem saiu das fraldas e já diz "no, no, no" balançando a cabeça crespa negativamente.
Quando eu não dei muita bola para os braçinhos estendidos ele falou "Didi, có" e aí tive vontade de apertá-lo até saltar os olhos (haha).

Tipicamente, todos os objetos afiados e quebráveis foram removidos de cima da mesa mas foi com o chimarrão que ele se entreteu. Mostrei o "vavalo" da cuia e, com o chimarrão já quase frio, coloquei a bomba perto da sua boca para que ele provasse. O Arthur me olhou como quem pergunta "e eu posso?" e falou 'no, quenti'. Apenas ri, pelo menos ele não se queimaria.

Então ele apontou pra térmica onde tem um desenho de um cara montado num cavalo, quando trouxe a térmica para perto, ele rapidamente aponta e fala "vavalo", sorrindo. Concordei e, apontando para o guri em cima do cavalo, completei "e esse é o gaúcho". Após algumas repetições da minha parte ele apontou para o rapaz e falou "ggucho", sorrindo orgulhoso por ter aprendido mais uma palavra. Quando ele fizer dois anos o ensino a pedir para tomar chimarrão, por hora contentemo-nos com os desenhos das cuias e térmicas.

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