Nesse fim de ano todo mundo fica dizendo que 2015 foi terrível, o pior ano de todos. E eu sempre pensava que não, que esse ano foi bom. Até que comecei a me perguntar se realmente foi.
Ele foi um paulaço na cabeça, isso sim.
Olhando desde a virada, naquela festa estranha com gente esquisita, eu já escolhi voltar pra casa e tomei essa decisão em vários momentos. Me desliguei de, no mínimo, duas pessoas e ainda não sei muito bem as consequências disso. Entretanto existem, para cada uma delas, respectivos momentos onde eu vi que não daria mais certo e, quando sinto compaixão, lembro de como me senti naqueles momentos e volto a sentir raiva, tristeza e decepção.
Chegar nesse ponto tão profundo me fez ver que o meu padrão ainda se repetia e que, na verdade, eu nem tinha total consciência dele. E essa reflexão só aconteceu no inverno! No próximo semestre eu me confrontaria com situações bem mais enraizadas e difíceis de digerir do que o tal mundo externo à minha família.
Algumas mudanças são tão importantes e ocorrem sem que tenhamos qualquer noção do Universo trabalhando, no nosso, segundo plano. E esse ano agradeço por elas terem ocorrido e da forma com que se deram.
Conheci muita gente legal e percebi que consigo manter um distanciamento quando é necessário, vi que aprendi a ler algumas pessoas. Ainda me choco com a ignorância humana e devo aprender muito ainda a como me posicionar sem me anular e sem me remoer por tudo dito, não dito ou não executado. Assertividade é a palavra.
Conheci muita gente legal e percebi que consigo manter um distanciamento quando é necessário, vi que aprendi a ler algumas pessoas. Ainda me choco com a ignorância humana e devo aprender muito ainda a como me posicionar sem me anular e sem me remoer por tudo dito, não dito ou não executado. Assertividade é a palavra.
Com certeza toda preparação caótica do ano passado e desse primeiro semestre de 2015 me prepararam pros socos no estômago que eu tomaria, com muita relutância, no segundo semestre. Tirei força de onde eu nem sabia que tinha, voltei pras minhas raízes e me conectei comigo mesma de novo. Não sei onde eu estava com a cabeça na minha adolescência, achava que iria morar em um apartamento, em uma cidade cinza e trabalhar em um cubículo! Não.
Agradeço pelo meu primeiro cactus porque, por mais simples que pareça, foi ele quem me ajudou a expandir a minha personalidade na sua natureza. Hoje, eu sei que sou calma e que posso retornar ao silêncio, mesmo que pareça impossível.
Mesmo com todos atos bons de 2015 e com todas sincronicidades eu ainda me sinto frágil e esse é um dos objetivos pra 2016. Preciso compreender e aceitar a toda culpa que cultivo desde fevereiro deste ano para conseguir compreender e aceitar aquela que cultivo a vida inteira, e que me olha nos olhos todos os dias e me diz 'Bom dia!', antes que eu já não tenha mais oportunidade.
Tive provações de que vale a pena, de que a disciplina compensa e que tudo é correspondido. Parece bobo e aprendemos no colégio essas coisas, entretanto sempre esquecemos e, 2015 fez o favor de me jogar tudo na cara, dizendo pra desconstruir tudo que eu já tinha pensado e pensar tudo de novo. E a caminhada continua...
Gratidão.