15 de abr. de 2014

John Butler e o café matinal

John Butler Trio - Livin' in the City

Com a falta da terapia, eu mesma tenho me feito terapia, 24x7, e acho que está me enlouquecendo um pouquinho. Tenho visto e tentado analisar não só a mim, mas a atitude das pessoas e seu background para que tenham chegado até aqui e agido de tal forma comigo. É uma pretensão enorme, mas uma brincadeira legal.
Tem a amiga que me lembra eu mesma antigamente, bruta, não lapidada e não diplomata e daí lembro do meu pai e seus dizeres, das neuroses da minha tia que ainda sofre com a falta de diplomacia e das vezes que tomei uns puxões de orelha da amiga que visitei ontem. 
Diplomacia é uma virtude e é o caminho para a paciência e a compreensão. Começa com o respeito ao próximo que deveria ser ensinado quando crianças, passa pelo 'ter que aturar' o coleguinha de sala até que chegamos a conclusão que tratar todos bem realmente não custa nada e pode abrir muitas portas, futuramente. Descobri que Gentileza gera Gentileza e que não adianta dar o troco na mesma moeda, o que importa sempre é seguir a tua essência. Espero chegar à terceira idade com muuuuita paciência. As consequências dos nossos atos nos encontram e a nossa habilidade de lidar com pessoas pode ser decisiva na hora de encarar tais responsabilidades/consequências.

Na vida, na amizade, no amor, tudo é cíclico e por mais que acredite que as nossas vivências determinam nossa atitude perante tudo, também acredito que não existam tantas variações sobre esse mesmo tema.
Semana passada conheci um guri parecido com um grande amor meu e lembrei de como era e do porque não deu certo. Deu saudade.
Hoje encaro a probabilidade de encontrar uma pessoa importante e lembro que nossa última conversa não foi tão legal assim.
Ontem, na hora do desespero, corri para um antigo amor, no intuito que ele me ajudasse. A verdade sobre o fato de 'não podemos ser amigos de ex-namorado' é inútil e imaturo. Quem não sabe se portar em relação a nova relação de alguém que já namorou são os próximos namorados que não tem segurança no seu taco. Se tudo estiver bem resolvido, não há porque simplesmente parar de conversar. Fico pensando em quantas pessoas me conhecem tão bem quanto ele e, na boa, não fecho uma mão. A amizade é uma coisa linda e difícil de ser encontrada então, porque jogá-la fora porque coisas que não tem nada a ver com isso, não deram certo?

Na minha cabeça são muitas perguntas sem resposta e a cada pergunta que me faço, mais dez perguntas aparecem, sem nenhuma resposta.

Eu queria ter visto o eclipse lunar ontem.

11 de abr. de 2014

a intenção terapêutica

Tendo uma overdose de MPB em plena sexta-feira chuvosa, fico pensando na falta que sinto da terapia. Vejo que incomodo os meus ditos amigos com toda a falação filosófica que me faz tirar conclusões sobre a vida, o universo e o espaço-tempo. Pelo menos tenho alguém para me escutar, nem que eu a pague pelo seu tempo.
Tenho duvidado de tudo, me sentido sozinha e preenchido estes vazios com conversas supérfluas e bebida. Aconteceram coisas durante essa semana que me fizeram pensar na visão de vida alheia e na célebre frase 'sou responsável pelo que falo, não pelo que escutas'. 
Enfim, quero a minha cama, uma boa companhia e uma garrafa de vinho porque esse clima de inverno acaba com a vontade de aula e afazeres.
Quero a minha terapia de volta!

7 de abr. de 2014

já não importa mais

Já não importa mais a opinião alheia. Não importa se vou acordar com a maquiagem borrada e o cabelão cacheado desgrenhado e, de pijama, dar bom dia aos meus colegas que também estão ressaquentos e maltrapilhos.
Taí uma das maiores mudanças dos últimos anos: assumi meus crespos. Quer dizer que estou cada vez mais gostando de mim e me libertando do que os outros falam. A maneira de vestir também ficou mais confortável e preguiçosa porque simplesmente eu sempre gostei do básico. A personalidade, que antes era complicada, também está ficando cada vez mais sem vontade de lutar pelo complicado.

Ao contrário que muitos pais e familiares acha, a Oceanologia não muda as pessoas, ela revela o que tu sempre quis ser mas sempre se sentiu sozinho para fazer. Encontrar um grupo de pessoas que pensa exatamente como tu é relaxante. É tu te sentir a vontade na casa de alguém que tu nunca viu na vida. É tu ter vontade de dividir tudo e todos momentos pelo simples fato de que aquela é a tua família de ideologias.
Vejo esta dita mudança em todos do meu curso. Há muito mais desprendimento!

Por isso não me envergonho da minha falta de voz após a primeira semana de festas aula. Me diverti como há muito tempo não conseguia. Saí de casa na segunda pela manhã e voltei no domingo a tarde sem voz nenhuma, dor em todo corpo e mesmo assim, feliz.

Hoje durante a aula percebi que esse é o meu lugar, a minha futura profissão e os meus futuros colegas/amigos/irmãos. Essa é a minha liberdade com a vida porque, sinceramente, eu definitivamente não me importo mais.

daqui