(EngHaw)
Essa história de fé e religião tem me ocupado bastante a cabeça ultimamente. Volta e meia vem alguém me perguntar no que eu acredito, se eu rezo ou porque não vou à missa.
Não quero que me perguntem isso, porque eu não quero responder. Acho que ter uma resposta é se limitar demais, se prender a uma diretriz de uma religião e, quanto a isso, na minha visão de mundo sempre existiram dois grandes grupos: os que têm fé e os que não têm.
Quem é católico, protestante, espírita, umbandista ou que crê em alguma coisa, se encaixa no grupo dos que tem fé. Os que realmente não creem em nada e fazem jus ao título de ateu são, pra mim, os que não têm fé.
“Simples e muito infantil” foi o que um dia me disseram. Desde então eu não falo mais sobre o assunto, mas nessa semana ele veio me martelando a cabeça de forma descomunal até que ontem, tive uma conversa sobre oração com a minha mãe.
De forma geral, olho todas as religiões como uma coisa só. É claro que não tenho conhecimento sobre todas e posso estar falando bobagem, mas acredito que os fundamentos sejam os mesmos. Acredito que as religiões tenham sido criadas pelos líderes de comunidades para simplesmente colocar ordem, explicar ao ser humano que existe um caminho bom e que, se tu não sucumbires à tentação do caminho ruim tu serás recompensado.
Essa é a minha maneira infantil de olhar a religião e todas as vertentes que saem desse grande conceito. É a forma de explicar, universalmente, que não é legal matar, machucar, roubar ou prejudicar de qualquer forma o próximo. Desta forma, se tu ignorares o teu instinto animal, tu serás civilizado (superior a todos os outros animais do mundo) e, no fim, terás uma recompensa pelo ‘bom comportamento’.
A religião é a antiga (ok, não tão antiga, mas deveria) forma de influenciar massas, a forma de organização política que precedeu à atual, caso contrário nunca teríamos nos desenvolvido e o caos reinaria. É a forma de instruir todo mundo sobre o certo e o errado (pensem, por exemplo, nas idades anteriores à Idade Média).
Já a fé, é natural do ser humano. Sempre existiram questionamentos como de onde viemos, pra onde vamos, porque estamos e se estamos sozinhos. Questionamos sobre a existência do Universo, o propósito dos seres humanos, da Terra, se existe algo além do nosso plano ou Universo e estas perguntas-chave são o que continua nos impulsionando na nossa pesquisa sobre o que há além da Terra.
Por isso, reforço o argumento sobre os dois grandes grupos, independente de onde eles depositam sua fé.
Acredito que se as pessoas ignorassem as vertentes da religião, sem fanatismo ou conversão e se prenderem apenas ao fundamento mais básico, o amor, haveria a paz mundial e o ser humano seria capaz de alcançar o ponto máximo em sua evolução, afinal pressuponho que os ateus também amem.
“Só o amor faz o mundo andar”