Era uma quarta-feira de noite. Estava frio entretanto era uma noite bela, digna de ser compartilhada. Ela, sozinha. Era só ela e o computador. Há uma meia hora atrás era ela, o computador e ele (através do computador). Agora já não. Ele havia ido embora e deixado ela com aquela vontade, aquele ‘quero mais’. E como ela sentia-se assim ultimamente! Já não o via há muito tempo e sentia-se cada vez mais sozinha e com saudade, muita saudade; mas ela era dele. Só dele, não importava quanto tempo demorasse para que eles tornassem-se um, ela estava disposta a esperá-lo.
Mas aquele sentimento estava matando-a lentamente. Precisava de mais, de mais uma palavra de afeto, de um sorriso, de um gesto, de qualquer coisa; desde que viesse dele!
Ela não agüentava mais ficar ali, à sua espera. Desceu, sem pensar em absolutamente nada. Apenas desceu. Tentando concentrar-se no chá de acerola que em breve tomaria, queimou o dedo; não era uma dor normal, dilacerava sua alma, era quase insuportável. Colocou o dedo embaixo da água fria e sentiu o dedo congelar.
Com raiva, voltou a seu lugar, tentando aquecer o dedo com o chá fervente e, em vão esquecê-lo. Sorvendo o chá, se pôs a pensar nas coisas que, quando o visse de novo, falaria, no que faria, cuidando para não perder um detalhe. Ele diria exatamente as mesmas coisas que escreve nos e-mails lidos e relidos que lotam sua caixa de entrada. E ela a espera de mais e-mails.
E-mails, tolos estes e-mails! Eram mensagens de bom dia, de boa noite, de saudade e de cobiça; e ela havia decorado todos. Não se sentia assim - tomada fortemente por uma coisa que no mundo real chamamos de amor - havia muito tempo. E aliás, este passava; corria sozinho, assim como ela.
Aconchegando-se no sofá da sala escura adormeceu, pensando nele. Era um sono calmo e tranqüilo, sonhou com ele e quando amanheceu, o dia revelou-se ensolarado e lindo. O sol atingiu seu rosto e, devagar ela acordou.
Seus olhos encontraram outros, velhos conhecidos e tão ansiados. Ele sorriu. Ela abraçou-o e se sentiu segura. Agora estavam juntos. Para sempre.
Mas aquele sentimento estava matando-a lentamente. Precisava de mais, de mais uma palavra de afeto, de um sorriso, de um gesto, de qualquer coisa; desde que viesse dele!
Ela não agüentava mais ficar ali, à sua espera. Desceu, sem pensar em absolutamente nada. Apenas desceu. Tentando concentrar-se no chá de acerola que em breve tomaria, queimou o dedo; não era uma dor normal, dilacerava sua alma, era quase insuportável. Colocou o dedo embaixo da água fria e sentiu o dedo congelar.
Com raiva, voltou a seu lugar, tentando aquecer o dedo com o chá fervente e, em vão esquecê-lo. Sorvendo o chá, se pôs a pensar nas coisas que, quando o visse de novo, falaria, no que faria, cuidando para não perder um detalhe. Ele diria exatamente as mesmas coisas que escreve nos e-mails lidos e relidos que lotam sua caixa de entrada. E ela a espera de mais e-mails.
E-mails, tolos estes e-mails! Eram mensagens de bom dia, de boa noite, de saudade e de cobiça; e ela havia decorado todos. Não se sentia assim - tomada fortemente por uma coisa que no mundo real chamamos de amor - havia muito tempo. E aliás, este passava; corria sozinho, assim como ela.
Aconchegando-se no sofá da sala escura adormeceu, pensando nele. Era um sono calmo e tranqüilo, sonhou com ele e quando amanheceu, o dia revelou-se ensolarado e lindo. O sol atingiu seu rosto e, devagar ela acordou.
Seus olhos encontraram outros, velhos conhecidos e tão ansiados. Ele sorriu. Ela abraçou-o e se sentiu segura. Agora estavam juntos. Para sempre.