16 de out. de 2014

aos trancos e barrancos

eaí que o meu baixo astral não passa nunca. sempre me recupero e vou levando uma vida cada vez melhor, mas daí eu me apaixono. em algum momento do tempo e espaço eu começo a me distanciar de mim e sempre conheço ou encontro uma pessoa. as minhas ações se distanciam e eu entro no modo 'autodestruir'.
até que chego aonde estou hoje. sim, eu faço as pessoas se afastarem só para brincar de reclamar que elas se afastaram.

tenho sonhado muito com as outras vidas que levaria se, por um momento, eu tivesse dito sim ao invés de não. a verdade é que provavelmente não teria dado certo e tudo poderia estar pior do que já está. mas eu insisto em achar que tudo seria lindo e perfeito, assim como fiz durante anos. tenho muitos padrões.

e agora, tentando interromper todos, fracassei, de novo. e desta vez, lindamente. escolhi a semana onde o baque seria dos maiores. e as provas estão aí. pelo menos ler sobre o mar me transporta para o meio do Atlântico e já não penso nisso.
semana passada arranquei elogios da minha psicóloga, hoje... coitada! plena quinta-feira de chuva...
a minha questão já não é mais a saudade, foram as palavras ditas e aquele trecho lido por ti, com suspiros e pausas, antes de dormir.

eu ainda não me perdoo por muitas coisas e esse é o problema. parei de me exigir tanto em relação aos outros e não percebi que o pouco que tirava deles, acrescentava ao exigir de mim mesma. eu deveria saber que depois da calmaria sempre vem a tormenta...

saibas apenas que tu não ajuda e que sim, minhas ações te afastam, mas quem sabe este não seja o objetivo? quem sabe não seja eu que esteja te dizendo para me dar um espaço de todas negativas e decepções que proporcionastes? a cada carinho negado, a cada 'jeitinho' que eu deveria contornar, a cada frase que eu deveria pensar antes de falar, tu foste me afastando. e quando eu percebi e tentei te comunicar o efeito que isso causava em mim (porque sim, quando falo sério, é o resultado de muito pensamento), tu simplesmente dissestes 'este sou eu e não me dobrarei, de forma alguma'. isso está certo? mudar nunca é certo mas ceder, não é certo?

tudo bem, não tive forças para reconhecer e muito menos me afastar, mas cansei de negativas que não me ajudam e não acrescentam em nada. todos fazemos coisas erradas e eu tive coragem de tentar te mostrar que podem existir outros jeitos de se viver. mostrar! não forçar! se agora tu me consideras uma praga no teu pensamento, tudo bem, me retiro. só saibas que eu realmente tentei, até onde eu conseguia. e quero que tu saibas que cheguei ao ponto que cheguei também pelas tuas ações.



agora tudo que eu necessito é ter forças para acabar essa semana e resistir à outra.

11 de out. de 2014

quero ir além

Não tenho como continuar sendo tua amiga se, aos poucos, não ir conseguindo mais intimidade. Esse é o objetivo, seguir sempre em frente e perceber que, voltar atrás, já não dá. Ou somos desconhecidos, ou aprendemos a lidar com a intimidade criada e já não tão mais usada. Existem partes boas de ter amigos que te conhecem.
Sei que pra ti, essas coisas são muito complexas e também que tu te achas um monstro. Várias vezes te disse que aceitei o compromisso de conhecer o que for que tu quiser me mostrar. Claro, sou curiosa e isso quer dizer que vou fazer perguntas e aceito 'não' como resposta, embora prefira vários 'sim'.

Essa coisa de se abrir é complexa, mas faz parte da vida. Acredito que estamos aqui para sofrer, também. Sempre cresci muito com o sofrimento, principalmente quando me sentia sufocada. Aí mesmo é que descobrimos que temos coragem e vontade de emergir. Mas tudo bem, não estou te pedindo para sofrer. Na verdade, não estou te pedindo nada.

Sim, me chateio em perceber que nos momentos onde tu não pensas muito, eu consigo ver uma brecha desse portão, meio aberto. Em momentos pensativos, o portão de aço fica fechado a 7 chaves. Eaí eu sinto como se desse vários passos para trás. E vem a desmotivação.

Quando te falo em pegar na tua mão falo em desde o porque uma criança pega na mão do adulto até o porque uma idosa pega na mão do marido depois de um casamento de 50 anos. E perceber que é capaz de tu largar a minha mão, dá medo. O medo de se machucar, de ficar perdida por alguns momentos. Fico perplexa por saber que tu não sabes diferenciar quando simplesmente quero aconchego e nos que quero paixão. Daí vejo que realmente, não consegues me compreender. E já nem sei se queres. Mas que amizade é essa, então?

Não quero aprovação, quero respostas. Nunca mudaria meu jeito por causa de alguém. Sei que preciso ser aperfeiçoada e, acredite, estou trabalhando nisso. O que eu, talvez, espere de ti, seja amizade. O simples chimarrão onde se fala tudo, de desabafos a risadas histéricas até respostas como 'me deixa quieto' ou 'vamos sair pra beber hoje'.
E são nesses momentos em que se conhece alguém. Onde esta pessoa lhe explica as coisas que tu não entendes. Compartilhar momentos e conhecimentos.

Me alegra ver que consegui chegar bem longe até. Me desanima ver que não consigo me fazer clara. Continuarei tentando achar palavras, sempre sinceras, e tentar me comunicar contigo. São nesses momentos em que crescemos porque nos confrontamos com realidades muito diferentes. Sou teimosa e não consigo ver a autodestruição.
Por favor, não me faz ver que tudo isso foi apenas perda de tempo.

8 de out. de 2014

'love is the answer at least for most of the questions in my heart'

Semana difícil. Hoje foi um dia vitorioso em vários sentidos. Enfrentei vários medos e tomei a decisão de recusar alguns.
Me sinto orgulhosa do que me torno. Sinto que minha comunicação melhorou muito e finalmente percebo que falo exatamente o que desejo, mantendo a calma e evitando toda avalanche de sentimentos.

Tenho conquistado a liberdade que quero ter, meu pensamento não se martiriza tanto e consigo até escutar o nada.
Vejo que tens muito a ver com tudo isso. Aquele momento de indecisão passou e foi sim, importante. Me vi confusa sobre tudo e todos, principalmente sobre mim. Ao me concentrar em outros objetivos, consegui a harmonia que perseguia tanto e, embora não tenha saído da forma com que desejava, hoje foi uma prova de que consegui balancear tudo que antes se encontrava tão desorganizado. Com sorte, afinal já vão começar as provas.
Olhos cansados, com certeza. Não é fácil se desprender de tanta coisa, assim, ao mesmo tempo e ainda cumprir com os compromissos (impostos e desejados).
Ninguém disse que seria fácil.


4 de out. de 2014

So have you got the guts?

eu sinto necessidade de escrever mas não sei ao certo sobre o quê. sinto necessidade de me controlar mas não sei que sentimentos devo ter porque não sei para onde quero ir.
hoje é sábado e semana passada eu nem podia imaginar tudo que aconteceu nessa semana, assim como tenho certeza de que sábado que vem também não acreditarei que mais uma semana se passou. e a semana que vem será complicada e exigirá muito foco.
acho que já cansei de saber o que sinto, já que sinto tudo junto. nos últimos dias creio que esteja só vivendo e esperando ser surpreendida pela vida. e foi exatamente o que tinha dito que não queria fazer porque achava que não seria satisfatório. tudo mudou e hoje já penso ser uma coisa boa, mas que desvia de todo objetivo que estava me impondo. o que me faz questionar: porque se impor?
agora me sinto sozinha e sem vontades. sem força para ir dormir e sem força para ir trabalhar. volto, então, à mesma sensação de antes, querer e não poder.
do lado existe um almaço todo rabiscado, o LibreOffice aberto, o Arctic Monkeys já no final e a Polar no freezer. o celular não toca e nem faz barulhos. o vento, silenciou.
quem sabe seja isso que esteja me incomodando: o silêncio. meu, dos outros e do vento.
porque me impus o silêncio? será que eu realmente cansei de falar? não sei se porque não falo mais, meu nível de audição aumentou. a sede, com certeza aumentou.
hoje senti como se nada tivesse mudado e esse sentimento tem sido recorrente. lembrei de quinta e pensei que tudo ficaria bem. com o tempo.
não sei se tenho todo esse tempo. nem imagino quanto tempo meu silêncio e muito menos o quanto essa sensação de pseudo calma irão durar.
o que eu sei é que são onze horas de um sábado a noite e tudo que eu mais quero é terminar os slides, que eu nem comecei.
aja Polar.

'Cause there's this tune I've found
That makes me think of you somehow
And I play it on repeat
Until I fall asleep(Do I Wanna Know - Arctic Monkeys)