25 de jun. de 2014

subcity

to há horas pra voltar aqui. já abri essa janela várias vezes e, no entanto, continuo deixando ela em branco por um tempo, me distraindo com qualquer outra coisa idiota e fechando-a, porque afinal de contas está tarde e amanhã tem mais tarefas.
procrastinação. falta de foco. colocar outras coisas na frente das que realmente importam, falta de prioridade. como eu agora, com fome e matando aula pra supostamente fazer um seminário. voltei aqui.

essa minha habilidade de fazer tudo ao contrário do planejado me surpreende e quem sabe seja uma das coisas que eu gosto, afinal nenhum dia é igual ao outro e eu nem preciso ser alcoolista para que isso aconteça.


hoje chovia, minha doença crescia, o cachorro maldito iria pular em mim no minuto que saísse de casa assim como faz todos os dias e as aulas não seriam tão interessantes. o problema são as pessoas. as conversas de ontem me mostraram isso e mesmo ontem eu já pensava em não ir a aula hoje.
é culpa dessa dor de cabeça, da tensão que se acumula na mandíbula e eu nem sei porque. é culpa da chuva e dos meus desinteresses. não sei porque alguém pensaria em sair de casa no dia de hoje.
esse é o meu mal, quanto mais fico em casa, mais quero ficar, ciclo vicioso e que só me traz pensamentos ruins. acho que é por isso que quis voltar aqui. felizmente este momento não durará muito porque hoje já é quarta e logo chega o fim de semana e eu realmente não tenho me importando de estar no mesmo lugar que toda aquela gente vazia, porque eu importo e eu sei que não sou vazia. é melhor do que ficar aqui, jogada, olhando pras paredes e pensando coisas que não devo.
se é possível, estou pensando menos ainda. os 6 primeiros meses do ano se resumiram a menos e ando bem satisfeita. inclusive menos postagens, menos vozes na minha cabeça e menos estresse.

a chuva parou, a gaita ainda toca no player e a palavra estresse me lembra estresse oxidativo, assunto do meu seminário, aquele que matei aula para terminar.
até um outro dia.

1 de jun. de 2014

por causa do jogo do grêmio e dos velhos amigos

ter te visto fugir do edredom e enfrentar o frio ao sentar na cama sem camisa, colocando os pés para fora e olhando ao redor, procurando a meia que havia sumido há tempos foi um dos momentos importantes. na verdade ter te encontrado naquele fim de noite foi muito importante. dentro daquela festa foram vários os momentos que me senti dispersa e fora do ritmo. estava ali por uma amiga e foi isso que me manteve lá até as seis da manhã, mesmo com a ameaça de voltar sozinha pra casa e observando a decepção em pessoa me olhar de volta e conversar com outra guria.

a leve chuva, típica do inverno cassineiro, não importou quando te vi sorrindo e caminhando em minha direção. toda aquela ansiedade que eu sentia sumiu quando largastes uma conversa e, como um imã, viestes em minha direção.

já tínhamos visto o sol nascer e agora ele estava se pondo novamente, o ar ficando mais frio. eu só queria te abraçar e tentar te comunicar o quanto salvasse a minha noite, te agradecer a felicidade que tu criou ao ter me feito esquecer, em questão de segundos, que aquela guria evitando olhar alguém não era eu. foi tudo muito natural e a cada beijo no pescoço que eu te dava, queria te agradecer por ter me feito voltar ao 'normal', por ter voltado a olhar a felicidade da chuva, do vento e do grão de areia remexido.

às vezes a gente precisa que outras pessoas enxerguem pela gente, às vezes elas tem que nos dizer o quão legal somos e redescobrir as coisas boas que temos em nós porque simplesmente já não conseguimos mais. eu me sentia incapaz, com baixa autoestima, mesmo com tudo me apontando a vida maravilhosa que tenho.

hoje, depois de ter dormido mais de 12 horas, acordei e fui limpar as conchas lindas que estavam aqui em casa, escondidas. acordei e fui falar com a minha família e por mais feio que o dia esteja, reencontrei a minha paz interior.