9 de set. de 2013

timidez mata o pseudo-futuro

Hoje pode ter sido a última vez nos próximos anos que eu te vi assim, ao vivo. Como sempre eu fiquei apavorada, mãos tremendo e estômago embrulhado e tudo. Sempre penso no que poderíamos ter sido, mesmo que o mais provável fosse continuar não sendo nada.

Quando entrei no ônibus e vi o teu olhar perdido através da janela, pensei na merda que eu tinha feito ao falar tudo que eu sentia, há alguns meses atrás. E fiquei mais nervosa ao pensar que tu podias estar pensando nisso também. Nesse meio tempo eu fiquei pensando no teu sorriso ao me dar oi e nas confusões que aconteciam sempre que tentávamos passar do 'oi, tudo bem?'. Quando tu saíste do ônibus já havia mudado de ideia, não me arrependo. 

Eu acho que gostaria de escutar as coisas que falei pra ti. Gostaria de saber que sou importante pra alguém que participou da minha vida por alguns dias, há muito tempo atrás. Vejo hoje tanta gente que deu errado e eu penso em ti e vejo o cara que evoluiu demais. A verdade é que espero ouvir muito o teu nome e sempre vou pensar com carinho no que 'escapou'. 

6 de set. de 2013

sobre a sociedade e valores

Rio Grande, cidade pequena querendo virar cidade grande mas no momento só tendo problemas de cidade grande.
Nunca vi tanta gente se matar como estou vendo. Quase todo dia a jornalista fala sobre um homicídio e eu fico pensando que tipo de avanço é esse. Pra mim a gota d'água foi quando um homem claramente com problemas (sejam eles mentais ou adquiridos) atirou a esmo e acertou em um inocente. A jornalista foi lá ser jornalista e gravar a notícia na frente da casa do cara que atirou, que por sinal tem uma mãe velhinha. As pessoas tacaram pedras e tudo mais.

Isso é civilização? Ok, o cara matou uma pessoa mas ele também é uma pessoa. Tem uma mãe velha que tenta cuidar dele quando ele deveria cuidar dela. Ele tinha problemas com drogas e era mentalmente instável, pelo que disseram. E a mãe, como se sente com isso? Daí quem era pra manter a neutralidade vai lá expor a família do cara que matou para que todos sejam execrados pela população!

Cadê a empatia? Sim, ele tirou uma vida humana mas a mãe dele não merece isso. Com certeza ela tentou pelo menos um pouco salvar o filho. Vejo muitas pessoas se colocarem no lugar da vítima mas e do assassino? Melhor, da família do assassino que tem que lidar com isso no mundo real? E alguém já tentou pensar que se o mercado de drogas não fosse tão livre isso talvez nunca teria acontecido? Porque claramente a metade dos homicídios que estão acontecendo são ligados ao tráfico de drogas.

É isso então e eu preferia que Rio Grande continuasse pequena.