29 de mar. de 2010

eu não me importo mais. não me importo com mais nada e nem ninguém e quem sabe nem goste mais de ninguém. peguei nojo. cansei dos mesmos papos, das 'disputas' de quem bebe mais, quem pega mais... eu acho que já cresci e passei dessa fase que a maioria passa. novamente me encontro no lugar errado, fui precoce e agora não me encaixo em lugar nenhum.
acho tudo fútil e sinto repulsão. não me importo mais se contam ou não comigo, não me importo de tomar uma falta naquela aula chata, estou fazendo tudo o que eu sinto vontade, estou me isolando. não é que eu sinta que ninguém é digno da minha amizade nem nada disso por que eu sei que não estou sozinha, eu sei que eles serão meus amigos não importando o lugar ou o motivo, acontece que eu QUERO estar sozinha.
é muita gente no nosso grupo.

agora em relação ao que aconteceu sexta. me pronunciarei.
aconteceu tudo isso que eu descrevi acima multiplicado por 10 elevado à quarta expoência. eu sinti nojo deles e de mim, eu quis ficar sozinha, sair caminhando sem rumo, escutar uma música, me libertar de tudo o que estava me encomodando e eu não consegui fazer isso e fiquei mais chateada ainda. agi por impulso, como sempre, admito. mas foi o que me tirou um peso enorme dos ombros.
eu sei que posso ter descontado na pessoa errada mas já estava de saco cheio dela mesma me comentar coisas que aconteceram durante o dia, eu não queria falar sobre nada nem ninguém e definitivamente aquela piadinha não era para ser largada, dado meu nível de stress.
eu peço desculpas a quem eu acabei magoando mas eu precisava muito de um tempo para mim e ainda não consegui fazer tudo se acalmar aqui dentro.
foi tudo muito intenso e eu descobri que não gosto nem um pouco, prefiro do jeito que era. preciso de espaço.



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Procuro a Solidão
Como o ar procura o chão
Como a chuva só desmancha
pensamento sem razão

Procuro esconderijo
encontro um novo abrigo
como a arte do seu jeito
e tudo faz sentido '
esconderijo - ana canas

26 de mar. de 2010

porque a felicidade ?



- Eu só quero fazer algo que importe.
- Nada importa. Somos baratas. Animais que morrem à beira do rio.
House MD

24 de mar. de 2010

nojinho de mim mesma


eu sou tão falsa que chego a ser até cínica comigo mesma. atualmente me alimento de más emoções dos outros e mesmo me sentindo péssima continuo fazendo tudo que eu sei que é politicamente incorreto. eu simplesmente não entendo o porque de eu ver e ter consciência do que faço e não conseguir parar. parece que o anjinho foi dar uma passeada mas continua por perto, sussurando 'não faz, pára com isso' só que ele só sussurra! ele não vem e dá um encontrão no diabinho, ele continua apenas olhando e quando o momento de fazer alguma coisa acaba, aí então ele volta ao seu posto mas daí já é tarde demais.
eu sei que esse não é o melhor motivo para eu me sentir culpada e eu sei que, para mim, não quer dizer nada, só que eu sinto empatia demais! eu sei que no lugar dela eu odiaria que uma qualquer agisse do mesmo jeito mas por outro lado penso que ele tem consciência de tudo o que se passa e poderia muito bem dizer não para quem quer que fosse, embora não fosse a iniciativa do pensamento masculino.
primeiramente penso em mim e no que ela achará. penso em como ficarei caso essa informação vaze, penso em como a olharei. eu sei que eu nunca falei direito com ela mas mesmo assim... essa história de empatia me dá raiva!

e se eu fosse para uma caverna?! dar um tempo, pensar na vida e deixar de ter tanto nojo de mim mesma. pensar no que faz as pessoas mandarem em si mesmos, pensar no porque eu tenho tanta dificuldade de fazer o mesmo.



desculpa estar afastada. o que eu menos fiz foi ler o livro, estou ocupada com projetos, trabalhos e matações de aula que geram mais confusão e agora a partir do final da semana que vem começarão minhas provas e provavelmente as escapadinhas por aqui ficaram mais escassas.
beijo beijo e não me esqueção, se tiver alguém por aqui, claro.





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Runny nose and runny yolk
Even if you have a cold still
You can cough on me again
I still havent had my fulfill

In the someday what's that sound?
Broken heart and broken bones
Think of how a castrated horsefeels
One more quirky cliche'd phrase
You're the one I wanna refill'
I hate myself and I want to die - Nirvana

10 de mar. de 2010

Cobain Unseen é meu *--*


Só pra constar: O LIVRO CHEGOU !
Não é só mais um livro, é o meu mais novo amor da minha vida *-*

Pausa de alguns dias para desfrutar da coisa mais linda que eu já toquei na vida *O*


9 de mar. de 2010

cotidiano

Enquanto a água ainda estava no fogo ela picava ainda mais o pó do café mecanicamente.
Eram apenas seis horas da manhã e ela nem sequer pensava. O noticiário não a deixava concentrar-se, era uma notícia atrás da outra sobre assassinatos, desmoronamentos, enchentes, assaltos e caras que morriam. Supérfluo e normal.
Com certeza o único quadro que ela prestou atenção foi o da previsão do tempo. Faria um friozinho à tardinha e como ela saia de casa às seis e meia da manhã e só voltava ás onze horas da noite voltou ao seu quarto e pegou um casaco branco enquanto a água chiava.
"Se fosse para o chimarrão estaria pronta" pensou. Sempre o fazia.
Aproximou-se do fogão. Pegou a caneca que estava por perto, olhou o açúcar misturado com o pó do café.
Quando a água finalmente ferveu ela serviu sua xícara, sentou-se na mesa circular da cozinha e tomou seu café olhando para seu próprio pátio, que nem era muito grande. Fez algumas anotações em pensamento, comeu qualquer coisa que estava ali por perto, pegou dinheiro, fechou a casa e foi embora.

3 de mar. de 2010

Martha ...

Eu sentia a terra embaixo das minhas unhas. Finalmente havia cessado. Não tinha saído do jeito que havia planejado. Nem um pouco na realidade e a dor no meu estômago só fazia o ódio e o rancor ferverem mais ainda nas minhas veias. A verdade é que ela já estava me incomodando, mais até do que a terra que agora infiltra em meu corpo através das feridas embaixo das unhas roídas.

Houve um tempo que eu era apaixonado por essa garota, mas ela me enlouqueceu, assim como fez com os que vieram antes de mim. Eu tinha vontade vomitar sobre ela, sobre a terra remexida onde eu sabia que, a sete palmos ela estava deitada nua. Não o fiz por pouco, percebi que as folhas do arbusto mais próximo se mexiam, mas ao olhá-las não vi ninguém. Voltei meu tronco para frente, avistando apenas a árvore gigante que marcava o local.

Ela só fazia reclamar de mim e me incluir nos seus planos mais toscos e loucos, jurando que iria dar a benção para que ela realizasse as coisas mais estúpidas às minhas custas. Acabei com tudo isso com vinte e sete facadas pelo seu corpo, a faca óbviamente foi colocada junto a seu corpo, mas antes tratei de derramar alguns pingos de ácido sulfúrico nela.

Gostei de meu trabalho, sabe. Foi algo criativo e fluiu sem nenhum impedimento. Talvez eu a deixe aí, sem nome, nem nenhuma marcação, a fim de perdê-la eternamente e até eu, com o tempo esquecerei-me de onde a enterrei, esquecerei até do que fiz. Novamente, só o fiz porque ela passou dos limites.